Ao longo das décadas, muitos atores experimentaram o auge de suas carreiras e, em questão de filmes ruins, quase foram banidos de Hollywood. Algumas produções infames, com orçamentos milionários e recepção crítica negativa, tiveram consequências drásticas para os protagonistas, levando-os a recomeços difíceis ou ao esquecimento.
Geena Davis e o fiasco de “Cutthroat Island”
Na década de 1990, Geena Davis era uma estrela de peso, com indicações ao Oscar e papéis de destaque. Porém, sua tentativa de se consolidar como uma atriz de ação falhou dramaticamente com “Cutthroat Island”, lançado em 1995. O filme, dirigido por seu então-marido, custou mais de R$ 600 milhões na época e arrecadou apenas cerca de R$ 70 milhões, tornando-se um dos maiores fracassos de bilheteria. Davis tentou seguir na TV e produções menores, mas seu status de estrela virou coisa do passado, aparecendo apenas em pequenos papéis, como em “Blink Twice” (2024).
Kevin Costner e a destruição de sua carreira após “The Postman”
Kevin Costner vivia seu auge nos anos 90, mas “Waterworld” e “The Postman” marcaram o começo do declínio. O segundo, um fracasso monumental, foi um divisor de águas: o filme custou cerca de R$ 450 milhões e arrecadou menos de R$ 10 milhões. “The Postman” consolidou a queda de Costner na lista dos atores de primeira linha, embora sua carreira posteriormente tenha renascido na televisão, com “Hatfields & McCoys” e “Yellowstone”.
Elizabeth Shue e o impacto de “Molly”
Elizabeth Shue chegou a ser considerada uma atriz promissora, mas “Molly” (1999), uma comédia romântica perturbadora, prejudicou sua trajetória. Apesar de seu talento, a performance caricata aliada ao roteiro duvidoso fizeram com que suas participações posteriores em filmes de baixa repercussão não recuperassem seu brilho inicial. Hoje, ela atua principalmente em TV e produções menores.
David Caruso e o fim precoce como astro de cinema
Antes do sucesso em “CSI: Miami”, Caruso teve dois papéis de destaque em Hollywood, com “Jade” e “Kiss of Death”. Ambos foram duramente criticados, rendendo até mesmo indicações ao Framboesa de Ouro. Com isso, sua carreira cinematográfica praticamente acabou, e ele se consolida até hoje na TV, com sucesso na série policial.
Jovens promessas e o efeito devastador de filmes ruins
Eragon e Ian Speleers
Esperava-se que “Eragon” lançasse Ian Speleers ao estrelato, mas o filme foi massacrado por público e crítica, levando ao cancelamento de suas futuras sequências. Ele passou anos em produções pequenas e séries na TV britânica, sem atingir um grande sucesso.
Jake Lloyd e a ruína de sua carreira precoce
Jake Lloyd, que interpretou Anakin Skywalker em “Star Wars: Episódio I”, foi alvo de críticas terríveis e, logo após a frustração, se afastou da atuação. Sua carreira nunca se recuperou, e ele revelou que a pressão e o assédio foram fatores pesados nessa decisão, além de seu diagnóstico de esquizofrenia posteriormente. Hoje, ele busca viver uma vida diferente, longe dos holofotes.
O efeito do fracasso na trajetória de estrelas consagradas
Algumas figuras icônicas, como Faye Dunaway, tiveram suas carreiras prejudicadas por papéis mal recebidos. Dunaway, que conquistou um Oscar por “Network”, viu sua trajetória ser comprometida após “Mommie Dearest”, uma cinebiografia altamente criticada. Já Greta Garbo, que havia feito uma transição bem-sucedida do silêncio ao som, encerrou sua carreira após o fracasso de “Two-Faced Woman”, seu último filme, lançado em 1941.
Carreiras destruídas por filmes ruins e suas consequências
Outros exemplos incluem Elizabeth Berkley, que após “Showgirls” (1995), foi rotulada como atriz de filme terapia, e Chris O’Donnell, que viu sua ascensão como Robin em “Batman & Robin” desmoronar após críticas severas, levando-o a uma carreira secundária na TV. Mesmo estrelas como Sofia Coppola enfrentaram o mesmo destino – após “O Poder do Coração”, sua atuação foi duramente criticada, embora ela tenha se tornado uma renomada diretora depois.
Celebridades e os fracassos que quase acabaram com suas carreiras
Angela Hilton teve seu auge como adolescente no seriado “Barrados no Baile”, mas seu papel em “Showgirls” (1995) a condenou ao ostracismo. Do mesmo modo, Shera Shaq tentou se lançar como astro de Hollywood com “Steel” e “Kazaam”, ambos considerados péssimos. Mariah Carey, por sua vez, tentoucodear uma carreira como atriz com “Glitter” (2001), que colecionou críticas negativas e prejuízo financeiro para ela. Kelly Clarkson, uma das primeiras campeãs do “American Idol”, também foi vítima de seu único filme: “From Justin to Kelly”, sucesso em prêmios Razzie.
O legado dos fracassos e os retornos possíveis
Apesar de tantos exemplos de estrelas que tiveram suas carreiras drasticamente afetadas por filmes ruins, alguns conseguiram dar a volta por cima, como Eddie Murphy. Após fracassos como “Norbit”, ele voltou ao sucesso com “Dolemite is My Name”, conquistando indicações ao Globo de Ouro. A dúvida persiste: até quê um filme ruim realmente destrói uma carreira, ou há esperança de recomeço para os atores que enfrentaram momentos difíceis?
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