Brasil, 15 de setembro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Mercado reduz previsão de inflação para 2025, aponta boletim Focus

Instituições financeiras ajustaram para baixo a estimativa de inflação em 2025, que passou de 4,85% para 4,83%, segundo o BC

O boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Banco Central (BC) trouxe uma leve redução na projeção de inflação para 2025, que passou de 4,85% para 4,83%. As expectativas de mercado também indicam estabilidade para 2026, com previsão de 4,30%.

Expectativas de inflação e a política de metas contínuas

Desde o início de 2025, o Banco Central atua com o sistema de meta contínua, buscando manter a inflação em torno de 3%, com tolerância entre 1,5% e 4,5%. Atualmente, a instituição ajusta a política monetária, principalmente a taxa de juros, para garantir o cumprimento dos objetivos.

Segundo o BC, a inflação acumulada em 12 meses até o primeiro trimestre de 2027 já é considerada na avaliação das expectativas futuras. Se o índice permanecer acima do teto de 4,5% por seis meses consecutivos, a meta é considerada descumprida, o que resultaria na emissão de uma carta pública ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Fatores que influenciam o comportamento da inflação

Segundo o presidente do BC, Gabriel Galípolo, o aumento recente da inflação deve-se ao ritmo aquecido da atividade econômica, variações cambiais, custos elevados de energia elétrica e anomalias climáticas. Ele explicou que, embora a inflação esteja acima do limite superior da meta, o Banco Central já monitora de perto a situação para tomar as próximas ações.

Desde janeiro, a inflação acumulada em 12 meses tem sido comparada com a meta e seu intervalo de tolerância. Caso o resultado ultrapasse o limite por seis meses seguidos, o BC precisa justificar publicamente as razões do descumprimento, como fez recentemente ao enviar uma carta ao Ministério da Fazenda.

Impactos na vida cotidiana e na economia

Uma das consequências da inflação elevada é a redução do poder de compra da população, especialmente para quem possui renda mais baixa. Com preços subindo, o salário muitas vezes não acompanha a alta dos custos, afetando diretamente o cotidiano das famílias.

Para 2026, a previsão do PIB permaneceu em 1,80%, enquanto para 2025 a expectativa foi mantida em 2,16%. Quanto às taxas de juros, o mercado mantém a expectativa de uma Selic de 15% ao ano para o final de 2025 e prevê recuo leve para 12,38% ao fim de 2026.

Outras perspectivas do mercado financeiro

Segundo as projeções do BC, a taxa de câmbio ao final de 2025 deve recuar de R$ 5,55 para R$ 5,50, enquanto em 2026 deve se manter em R$ 5,60. A estimativa de superávit na balança comercial foi ajustada para US$ 64,8 bilhões neste ano, e permanece em US$ 68,4 bilhões para 2026.

Já a previsão de entrada de investimentos estrangeiros diretos em 2025 e 2026 foi mantida em US$ 70 bilhões para ambos os anos, refletindo a confiança dos investidores no cenário econômico brasileiro.

Para saber mais detalhes das projeções e análises do mercado, acesse a matéria completa no g1.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes