Brasil, 15 de setembro de 2025
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Após tiroteio fatal, cultura de cancelamento ganha força na direita americana

A morte de Charlie Kirk reacende a cultura de cancelamento, com demissões e ações contra quem celebrou sua morte nos EUA.

A morte trágica de Charlie Kirk, um influente ativista da direita americana, não apenas gerou comoção, mas também desencadeou uma intensa campanha de retaliação entre setores do movimento conservador nos Estados Unidos. O caso se tornou um exemplo claro de como a cultura de cancelamento pode se manifestar em todas as direções, independentemente das convicções políticas.

Consequências para quem expressou alegria pela morte de Kirk

Nos dias que se seguiram ao tiroteio fatal, diversas pessoas, incluindo professores, acadêmicos, desenvolvedores de jogos e bombeiros, foram demitidas ou suspendidas por manifestarem manifestações de alegria ou desdém pela morte de Kirk nas redes sociais. Esse fenômeno trouxe à tona um novo banco de dados intitulado “Expose Charlie’s Murderers”, que documenta os posts e identifica os indivíduos que, segundo os criadores, celebraram a morte do ativista e apoiaram a violência política.

A situação se intensificou quando o analista da MSNBC, Matthew Dowd, foi demitido por especulações infelizes referentes ao incidente. Dowd havia se referido a Kirk como “divisivo” e insinuou que sua retórica contribuiu para o ataque. Como resultado, as pressões online para sua demissão foram imensas e resultaram na sua perda de emprego.

A cultura de cancelamento se espalha para o Reino Unido

O desejo de punir os opositores não se limita apenas aos Estados Unidos. No Reino Unido, a ex-primeira-ministra Liz Truss pressionou para que o presidente-eleito da Oxford Union, George Abaraonye, fosse expulso da universidade por ter feito uma piada sobre a morte de Kirk em um grupo de WhatsApp. Isso demonstrou que a moralidade da cultura de cancelamento está se globalizando, levando muitos a se questionarem sobre a liberdade de expressão e as consequências de suas palavras.

Cultura de cancelamento: um fenômeno de dois lados

A situação atual revela que a cultura de cancelamento não é um conceito exclusivo da esquerda, mas também está sendo utilizada como uma estratégia por muitos na direita. O ativista conservador Christopher Rufo, por exemplo, tem chamado à ação contra o que considera uma ameaça da “esquerda radical”, mencionando a necessidade de uma “COINTELPRO 2.0” para lidar com o que considera agressões à sua ideologia.

Embora os conservadores costumem criticar a censura por parte da esquerda, a dinâmica atual sugere que muitos deles agora se acham do lado oposto, perseguindo pessoas que emanam opiniões que consideram desagradáveis.

Um cenário preocupante para o futuro do debate público

O crescente acirramento da cultura de cancelamento está tornando o espaço para o debate saudável cada vez mais restrito. Aqueles que hoje se juntam à multidão punitiva podem, por um capricho do destino, se tornarem alvos amanhã. A chamada “ética da responsabilidade” torna-se um duplo filo em um mundo onde a opinião do outro não é mais respeitada.

É essencial que ambas as partes, independente de suas inclinações políticas, reconheçam que as pessoas não deveriam perder seus empregos devido a opiniões, por mais odiosas que possam parecer. As repercussões da cultura de cancelamento não devem se transformar em um campo de batalha político, mas sim em uma discussão sobre a defesa da liberdade de expressão.

Se a cultura de cancelamento continuar a se expandir, à medida que as vozes são silenciadas, a única coisa que restará será um ambiente dominado pelo medo, onde todos os envolvidos estão em risco.

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