Brasil, 15 de setembro de 2025
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Banco Central deve manter a Selic em 15% até o fim de 2025

Mercado espera continuidade da política de juros altos, com perspectiva de possível redução no início de 2026, diante da inflação controlada

O Banco Central deve manter a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), prevista para esta semana. Se confirmada, a decisão irá repetir o posicionamento adotado em julho, após um ciclo de alta acelerada que elevou a taxa em 4,5 pontos percentuais em nove meses.

Estabilidade da Selic reforça cautela do Banco Central

O mercado financeiro já prevê a manutenção da taxa, em sintonia com a comunicação do Copom em julho, que indicou uma pausa na elevação dos juros. Segundo analistas, o BC tem adotado postura cautelosa em meio a um ambiente de alta incerteza global e doméstica, buscando compreender se o nível atual de juros é suficiente para conter a inflação.

Razões para a continuidade da política de juros altos

A estratégia do Banco Central leva em consideração a desaceleração gradual da atividade econômica, o mercado de trabalho ainda robusto e as expectativas de inflação que, apesar de recuarem, permanecem acima da meta de 3,0%. “A manutenção dos juros por período bastante prolongado é uma forma de garantir que a inflação converge para a meta”, afirmou o economista-chefe do Banco BMG, Flávio Serrano.

Dados recentes do IPCA, indicador oficial de inflação, apontaram deflação de 0,11% em agosto, enquanto as expectativas do mercado continuam distantes do objetivo, situadas em 3,4% para o horizonte relevante. Além disso, a pressão sobre preços de serviços persiste, reforçando a cautela do BC.

Cenário externo e expectativas de cortes de juros

A incerteza quanto ao cenário externo também influencia a postura do Banco Central, especialmente diante da ofensiva comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Apesar disso, a perspectiva de início de redução de juros pelo Federal Reserve favorece o cenário brasileiro, com previsões de que a queda só começará em janeiro de 2026, segundo analistas.

Expectativas do mercado e próximos passos

De acordo com o C6 Bank, o Copom deve sinalizar uma continuidade na manutenção dos juros em 15% até o final de 2025, com a possibilidade de início de cortes no primeiro trimestre de 2026, reduzindo a Selic para cerca de 13%. “O BC deve ajustar sua comunicação para refletir uma postura de maior flexibilidade, sem abandonar a vigilância contra a inflação”, afirma a instituição em relatório.

Por enquanto, o BC prefere manter uma abordagem de observação, avaliando os impactos do ciclo de alta já realizado e esperando que o cenário externo favoreça uma virada mais gradual na política de juros.

Previsões e expectativas futuras

Analistas continuam atentos às próximas decisões do BC, que deve continuar avaliando o cenário com cautela. A expectativa geral é que a taxa permaneça estável até o final de 2025, com um possível início de flexibilização em 2026, dependendo do desempenho da inflação e do ambiente externo. A desaceleração da atividade econômica e as expectativas de inflação mais controladas reforçam a possibilidade de uma redução gradual dos juros no próximo ano.

Confira a cobertura completa no Fonte.

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