Brasil, 14 de setembro de 2025
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PF prende suspeitos de hackear contas do Banco Central para desviar valores via Pix

A Polícia Federal prendeu oito pessoas na madrugada de sexta-feira, suspeitas de fraudes envolvendo o sistema Pix e invasões a bancos e fintechs.

A Polícia Federal realizou na manhã de sexta-feira a prisão de oito indivíduos suspeitos de praticar fraudes bancárias e invasões ao sistema do Pix, principal meio de pagamento dos brasileiros. As detenções ocorreram durante uma tentativa de invasão ao sistema da Caixa Econômica Federal, que resultou na prisão em flagrante e na posterior conversão das prisões em preventivas.

Suspeitas de tentativa de furto qualificado por meio eletrônico

De acordo com nota da PF, o grupo é investigado por organizar crimes de furto qualificado e fraude eletrônica, com o objetivo de desviar valores do Arranjo de Pagamento Instantâneo (Pix) por acesso indevido às contas PI mantidas por instituições financeiras junto ao Banco Central. “O grupo é suspeito de praticar fraudes bancárias contra instituições financeiras, na tentativa de subtração de valores do Pix, mediante acesso indevido à conta PI junto ao Banco Central”, afirma a nota.

As investigações continuam para identificar outros possíveis envolvidos na organização criminosa. A atuação do grupo evidencia vulnerabilidades no sistema do Pix, que, devido à sua praticidade, tornou-se alvo constante de criminosos que exploram brechas, especialmente ligadas às provedoras de tecnologia que participam do sistema.

Crimes ligados às brechas do sistema e aumento de ataques

Nos últimos dois meses, mais de R$ 1,5 bilhão foram desviados de bancos e fintechs via Pix, principalmente por invasões aos sistemas de empresas de tecnologia que oferecem suporte às instituições financeiras. Parte dos valores foi bloqueada pelo Banco Central, que reforçou as regulamentações para conter os ataques.

Em resposta às ações criminosas, o Banco Central anunciou medidas mais rígidas, entre elas a limitação de transações para R$ 15 mil por operação para fintechs não autorizadas ou que utilizam provedores de tecnologia para sua integração ao sistema. Além disso, o órgão antecipou de 2029 para 2026 o prazo de solicitação de licença para novas instituições de pagamento e aumentou as cobranças sobre prestadoras de serviços tecnológicos.

Vulnerabilidades do sistema Pix e formas de conexão

Segundo especialistas, existem duas formas de conexão ao Pix: bancos ou fintechs de grande porte mantêm ligação direta com o sistema do Banco Central, realizando a compensação das transações internamente. Já as empresas menores recorrem a provedores de tecnologia para intermediar a conexão ao sistema do BC, o que aumenta a vulnerabilidade diante de invasões.

O diretor do Banco Central reforçou que as novas regras visam fortalecer o sistema e impedir fraudes. “As medidas buscam garantir maior segurança nas transações e proteger os consumidores e instituições financeiras”, afirmou. A fiscalização e monitoramento do sistema seguirão intensificados enquanto as apurações continuam.

Para acompanhar o andamento do caso e outras ações contra fraudes no Pix, acesse o site do Globo.

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