Brasil, 14 de setembro de 2025
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Antonia Fontenelle é condenada a indenizar Giselle Itié em R$ 88 mil

O Tribunal de Justiça do RJ determinou que Fontenelle pague indenização por danos morais a Itié em um caso que gerou grande repercussão na mídia.

Recentemente, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu que a apresentadora e atriz Antonia Fontenelle tem um prazo de 15 dias para efetuar o pagamento de uma indenização por danos morais no valor de R$ 50 mil a Giselle Itié. Caso Fontenelle não cumpra com o que foi determinado, será aplicada uma multa de 10%, além dos honorários advocatícios. Com as correções e encargos, o valor da indenização já ultrapassa R$ 88 mil.

A informação foi publicada pela coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo. O caso entre as duas atrizes teve início em 2020, quando Itié relatou em sua rede social ter sido alvo de assédio no começo da carreira. Seu depoimento se deu em apoio à denúncia de Dani Calabresa contra Marcius Melhem.

Entenda o caso de assédio e xenofobia

Em resposta ao relato de Giselle, Antonia Fontenelle fez comentários que a atriz considerou ofensivos e de cunho xenofóbico. Na época, Fontenelle insinuou que Giselle se referia à novela Começar de Novo e ao diretor Marcos Paulo, seu ex-marido. Fontenelle disse: “Triste saber que existem mulheres como você, dona Giselle Itié. Volta pro teu país, é o melhor que tu faz”.

Essa fala gerou um grande polêmica, sendo caracterizada pela juíza Bianca Nigri como uma ofensa de cunho xenofóbico. O tribunal destacou que Fontenelle fez “várias ofensas expressas em desfavor de Giselle Itié”. A magistrada também asseverou que a atriz não mencionou nem Marcos Paulo, nem a novela ou a emissora em sua denúncia original, favorável a Giselle, que venceu a ação em novembro de 2024.

Além do processo cível, Giselle Itié registrou um boletim de ocorrência por racismo e xenofobia. O advogado da atriz afirmou: “O crime de racismo ocorre toda vez que você pratica atos que visem negar direitos seja por cor, origem ou religião.” A frase “volta para o seu país” foi diretamente associada à xenofobia, sendo considerada uma forma de racismo.

O advogado de Fontenelle, por sua vez, alegou que sua fala foi mal interpretada e que se tratava de uma “fantasia em relação a Marcos Paulo”. O inquérito criminal foi arquivado pelo Ministério Público, que não encontrou indícios de crime.

Após o arquivamento, Fontenelle se manifestou em entrevistas, alegando que “o Ministério Público arquivou definitivamente a acusação por entender que não houve crime algum. O que houve de fato foi uma denúncia caluniosa. Isso, sim, é crime.” Com isso, ela se defendeu de acusações de ter agido de forma desleal. “Ela ainda tentou me processar no cível pedindo R$ 50 mil. Vai trabalhar, filha”, disse a apresentadora em uma conversa com Leo Dias.

Por outro lado, Giselle expressou seu desânimo com relação ao processo criminal, afirmando que se sentiu desmotivada. “Injustiça é a realidade do brasileiro. Fiz a denúncia não só pelo fato de ter me sentido ofendida, mas também por estarmos vivendo um mundo de preconceito, machismo e xenofobia,” declarou em entrevista ao UOL.

A situação gerou grande repercussão na mídia e nas redes sociais, trazendo à tona a discussão sobre o machismo e a xenofobia, temas que ainda precisam ser abordados com mais seriedade na sociedade brasileira.

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