Uma pesquisa da NBC News Decision Desk revelou uma diferença psíquica marcante entre os jovens da Geração Z que votaram em Donald Trump e aqueles que apoiaram Kamala Harris. Entre os homens que votaram em Trump, a prioridade número um para sucesso pessoal é ter filhos, enquanto entre as mulheres que apoiaram Harris, essa questão fica em 12º lugar.
Resultados chocantes revelam valores divergentes entre homens e mulheres jovens
Durante uma análise no TikTok, assistida por mais de 4 milhões de pessoas, o jornalista Steve Kornacki explicou que o estudo apresenta um quadro de polarização quase radical na percepção de sucesso. Para os homens da Geração Z que apoiaram Trump, estar com filhos é mais importante do que estabilidade emocional, que ficou em 12º lugar na lista dessas prioridades.
Já para as jovens que apoiaram Harris, o foco está na estabilidade emocional, que ocupa a terceira colocação, e ter filhos aparece em 12º lugar. Essa discrepância evidencia uma separação de valores bem marcada entre os sexos na juventude atual, refletindo a influência de uma cultura fortemente influenciada por discursos de direita e da esfera da “manosphere”.
Diferenças na visão sobre casamento e estabilidade emocional
Enquanto os apoiadores de Trump colocam o casamento na quarta posição de prioridades, as apoiadoras de Harris o posicionam em 11º. Além disso, o interesse dos homens em construir famílias com ênfase na prole contrasta com a prioridade das mulheres em buscar estabilidade emocional, apontada como crucial para o bem-estar.
Reações nas redes sociais e discussões sobre valores masculinos
Na internet, internautas comentaram que a valorização de ter filhos acima de estabilidade emocional é preocupante. Um usuário no Twitter afirmou que “meninos querem filhos como querem cachorros”. Outro comentou que “as mulheres que votaram em Harris estão mais conscientes de que ser pai exige estabilidade emocional”.
Especialistas e críticos destacam que essa preferência masculina por filhos sem o correspondente cuidado emocional reflete uma visão distorcida de sucesso, que negligencia aspectos essenciais do bem-estar psicológico e emocional.
Implicações para o futuro e o panorama político
Esse perfil de jovens vem reforçar o ciclo de valores conservadores no Brasil e nos EUA, especialmente entre apoiadores de direita, onde a construção de uma família tradicional é vista como uma conquista de sucesso e realização. Para algumas mulheres, a rejeição a esse padrão surge justamente por questionamentos sobre a manutenção da saúde mental e o impacto de uma maternidade irresponsável.
Profissionais de saúde mental alertam que a priorização de filhos sem estabilidade emocional pode resultar no aumento de questões de saúde mental, além de perpetuar padrões de trauma entre gerações.
Estudos adicionais indicarão se esse sentimento é pontual ou um reflexo de uma tendência mais ampla entre os jovens da Geração Z, que estão cada vez mais polarizados em termos de valores e percepções de sucesso.
Ainda não há previsão de mudanças nessa mentalidade, mas fica claro que as próximas gerações terão de lidar com uma divisão profunda de valores, que impacta o cenário político e social de ambos os países.