Brasil, 14 de setembro de 2025
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Preocupações dos médicos com o COVID atualmente

Infectações em alta, acesso às vacinas complicado e hospitalares sobrecarregados preocupam especialistas neste momento

Com o aumento de casos de COVID-19 em diversas regiões e a diminuição do acesso às vacinas devido a regras mais restritivas, médicos alertam para riscos crescentes. A combinação de uma temporada de frio, confusão nas regras de imunização e indisponibilidade de atendimento contínuo ameaça agravar a situação de saúde pública no país.

Vacinação mais difícil por regras confusas e restritivas

No ano passado, qualquer pessoa maior de 6 meses podia receber a vacina contra COVID. Agora, as regras ficaram mais rígidas, limitando a imunização a idosos acima de 65 anos ou pessoas menores que apresentam condições de saúde específicas, como asma ou doenças pulmonares, dificultando o acesso de muita gente. Segundo a médica Oni Blackstock, a inconsistência das regras de estados diferentes transforma a vacinação em uma verdadeira “caça ao tesouro”.

Há estados, como Nova York, que permitem a vacinação sem verificar critérios, enquanto outros, como Geórgia e Luisiana, exigem prescrição médica. Algumas farmácias também deixaram de oferecer a vacina devido à confusão, o que pode aumentar a hesitação de quem precisa se imunizar. Com o aumento dos casos, esse cenário preocupa ainda mais os profissionais de saúde.

Impacto nos menores de 2 anos e risco de complicações

Para crianças menores de 2 anos, o risco de formas graves de COVID é real, afirmou a pediatra Anita Patel. Essas crianças frequentemente precisam de internação hospitalar, incluindo ventilação em casos mais severos, embora atualmente tenham acesso limitado às vacinas — apenas filhos com condições especiais podem se imunizar com a versão da Moderna. Patel alerta que a baixa cobertura vacinal infantil pode resultar em casos mais graves, especialmente nesta temporada de temperaturas mais baixas, quando o vírus se espalha com mais facilidade.

Baixa adesão à vacina e risco de long COVID

A especialista em saúde pública, Dra. Patel, reforça que a baixa imunização aumenta as chances de desenvolver long COVID, uma condição debilitante que causa fadiga, dores e problemas respiratórios prolongados. “A vacina é comprovadamente eficaz contra essas sequelas de longo prazo”, destacou. A confusão nas regras e a desinformação podem levar a maior hesitação vacinal, aumentando a incidência de casos crônicos após infecção.

Desigualdade de acesso e futura sobrecarga hospitalar

Outro problema preocupante é que, em alguns estados, é necessário prescrição médica para se vacinar, o que exclui parcela da população com menor acesso a cuidados de saúde, especialmente os mais vulneráveis. Dr. Eric Burnett aponta que essa desigualdade pode agravar os efeitos da doença em grupos mais marginalizados, já com saúde precária.

Com o inverno se aproximando, há expectativa de que os hospitais fiquem ainda mais lotados, não só por COVID, mas também por doenças sazonais como rinite e gripe. Burnett observa aumento nas emergências e lembra que o impacto da pandemia na saúde geral da população ainda se faz presente, dificultando o atendimento de outros problemas de saúde.

Desafios para o sistema de saúde e atenção à população

Com saúde pública sob pressão, o sistema hospitalar enfrenta filas e dificuldades para atender a demanda, além do risco de o público não procurar atendimento por receio de filas ou por não estar bem informado. Expert ressalta que a recuperação da assistência plena demanda atenção às desigualdades e melhorias na campanha de imunização.

Profissionais de saúde reforçam a importância de manter cuidados preventivos, de buscar informações verificadas e de se vacinar sempre que possível para evitar complicações graves ou sequelas de longo prazo. O momento exige atenção redobrada dos governos, profissionais e da população.

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