Na semana que culminou na morte do ativista conservador Charlie Kirk, um episódio polêmico envolvendo bruxas da Etsy voltou à tona. Dois dias antes do incidente em Utah, a Jezebel publicou uma matéria satírica sobre possíveis feitiços destinados a prejudicar Kirk, gerando reações contradictórias na internet.
O contexto da polêmica e a sátira da Jezebel
A reportagem, publicada em 8 de setembro, descrevia com humor a compra de feitiços na Etsy, incluindo uma maldição intitulada “FAÇA TODOS O ODEREM DESTE”, direcionada a Kirk. A autora afirmou que não desejava mal real, apenas queria provocar desconforto, como uma espinha inexplicável ou microfone travando.
Josh Jackson, presidente do Grupo Paste, proprietário da Jezebel, declarou à Variety que o artigo era uma brincadeira satírica, não uma incitação à violência. “Condamos veementemente a violência contra Charlie Kirk”, afirmou.
Reações e implicações da publicação
Cerca de duas semanas após a publicação, a Jezebel adicionou uma nota oficial condenando o ataque: “Este incidente foi trágico e já se tornou frequente no cenário político atual”, diz a nota oficial. A matéria gerou reações diversas, com internautas questionando a espontaneidade do incêndio de debates e a seriedade de apostas de feitiços online.
Outros casos envolvendo bruxas da Etsy
Outro episódio curioso relata uma torcedora dos Mariners de Seattle afirmando que uma feitiçaria encontrada na Etsy ajudou a interromper uma sequência de derrotas do time. Isso levou alguns a questionarem: bruxas da Etsy seriam reais?
Impacto na discussão pública e o papel do humor
Para especialistas, a sátira da Jezebel buscava refletir sobre as maneiras como o setor digital comercializa feitiços, sem intenção de causar danos reais. “A intenção era fazer uma crítica humorística ao uso de misticismo na cultura popular e política”, explica a pesquisadora Ana Paula Souza, especialista em comunicação digital.
Por outro lado, o episódio reforça a complexidade do debate sobre violência e liberdade de expressão na internet, especialmente diante de acontecimentos trágicos como o ataque fatal a Kirk. As ações da Jezebel foram interpretadas por alguns como uma tentativa de satirizar o fenômeno, enquanto outros consideraram inadequado brincar com temas tão sensíveis.
O episódio permanece como um lembrete da influência da cultura digital na formação de opiniões e de como o humor pode gerar controvérsias em tempos de alta polarização política.