Klara Castanho, de 24 anos, respondeu neste sábado (13) às críticas que recebeu por interpretar uma personagem de 13 anos no longa Salve Rosa, que está previsto para estrear em outubro. A atriz explicou que decidiu aproveitar sua aparência jovem para assumir papéis que menores de idade não poderiam fazer e explicou as dificuldades enfrentadas durante a preparação para o papel.
Defesa de Klara e a importância da representação
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, Klara destacou que a interpretação de Rosa representa “um dos grandes desafios da carreira” em um contexto onde a idade faz diferença na representação de certas narrativas. “Dois anos se passaram e a gente começou o processo para a Rosa e, desde a primeira leitura, eu estava preocupada, era uma barra”, confessou. A artista explicou que sua escolha por esse tipo de papel foi fundamentada na crença de que histórias mais densas e complexas também precisam ser contadas, independentemente da idade aparente da atriz.
“É óbvio que eu vou aproveitar minha aparência mais jovem para contar as histórias mais punks e densas que existem, que uma menor de idade não pode contar”, afirmou em defesa da escolha. A preocupação com a representação fiel da adolescência e suas complexidades é um tema recorrente nas produções audiovisuais atuais, e Klara fez questão de ressaltar a importância do seu trabalho.
Preparação intensa para o papel de Rosa
A preparação da atriz para viver Rosa envolveu mudanças físicas significativas, como o uso de maquiagem e figurinos que acentuam sua aparência jovem. Klara contou que adotou uma franja reta e até usou um binder — uma faixa que comprime o volume dos seios — para se adequar melhor ao papel. “Foi um processo para encontrar Rosa dentro de mim, mas estava absolutamente entregue”, declarou, revelando a dedicação necessária para interpretar a personagem.
Além dos desafios físicos, Klara também teve que lidar com a exigência emocional que o papel impõe. A relação de Rosa com sua mãe, interpretada por Karine Teles, é central para a narrativa, abordando temas como a pressão profissional e as expectativas familiares. “O maior desafio foi equilibrar a densidade da narrativa com a responsabilidade de retratar uma personagem em fase de amadurecimento”, explicou a atriz, destacando o equilíbrio que buscou entre suas próprias experiências e as da personagem.
As reações da audiência e a leveza entre críticas
Embora tenha enfrentado críticas, Klara não deixou que isso a afetasse negativamente. Em tom de brincadeira, ela comentou: “Vocês parem de antecipar meus 30 anos que eu ainda vou fazer 25, e se eu tiver essa aparência mais jovem até lá, eu vou aproveitar até o fim”. Essa leveza diante da situação demonstra a maturidade da atriz e sua capacidade de lidar com a pressão das redes sociais e das expectativas do público.
No filme, Rosa é apresentada como uma influenciadora digital que vive uma rotina intensa de trabalho e, ao mesmo tempo, enfrenta as pressões de sua mãe. Essa dinâmica promete criar conflitos emocionantes e reflexões importantes sobre o mundo digital e a adolescência nos dias atuais.
Com sua performance, Klara Castanho não apenas desafia as normas estéticas e etárias da indústria cinematográfica, mas também traz à tona discussões relevantes sobre a representação de jovens em papéis que abordam temáticas mais profundas e complexas. O impacto de sua atuação em Salve Rosa é aguardado ansiosamente pelo público, que espera ver como essa nova fase de sua carreira se desenrolará nas telas.
O filme é uma oportunidade para que Klara, assim como muitos jovens artistas, desafiem as expectativas do setor e apresentem narrativas autênticas e relevantes. Fica a expectativa para a estreia e a recepção do público diante desse trabalho instigante.
