“O Corcunda de Notre Dame” é um dos filmes mais distintos da Disney, conhecido por sua trilha sonora marcante, personagens únicos e um vilão assustador. Recentemente, algumas curiosidades revelaram aspectos fascinantes dessa animação, mudando a forma como muitos assistem ao clássico.
Referências bíblicas e detalhes visuais
Durante a Festa dos Loucos, Esmeralda veste uma roupa roxa e vermelha que remete à Mulçahara do Babilônio, citada na Bíblia em Apocalipse 17:4: “E a mulher estava vestida de púrpura e escarlate…”.
Outro dado surpreendente é a relação entre Quasimodo e o Arcediago: eles nunca aparecem na tela juntos, embora ele tenha salvo a vida de Quasimodo, que vive e trabalha no mesmo prédio que o Arcediago, sem interação direta.
Na cena onde Frollo e Quasimodo almoçam, Frollo usa talheres de prata, enquanto o corcunda é forçado a comer com utensílios de madeira — um detalhe sutil que mostra a diferença de status entre os personagens.
Custos, produção e mudanças no roteiro
O filme foi o primeiro de animação a custar US$ 100 milhões, o que equivale a cerca de US$ 250 milhões hoje, arrecadando aproximadamente US$ 325 milhões mundialmente. Sua produção envolveu sessões de pesquisa no Notre Dame original para fidelidade na arquitetura.
Outra curiosidade é que a cena de abertura, “The Bells of Notre Dame”, inicialmente era uma fala expositiva, mas foi transformada em uma musicalização por achar que ficaria mais impactante.
Frollo quase foi excluído do filme devido ao teor sombrio e sexual das músicas e cenas, que quase renderam ao filme um nível de classificação PG pelo MPAA; felizmente, permaneceu como um dos filmes Disney mais sombrios classificados como G.
Personagens, nomes e influências culturais
Os três gárgulas receberam nomes diferentes inicialmente, sendo que Victor e Hugo homenageiam o autor do livro. Laverne foi nomeada em referência às Irmãs Andrews, do grupo vocal.
O personagem de Quasimodo foi baseado em uma versão mais monstruosa e adulta inicialmente, mas a equipe optou por uma aparência mais jovem e menos assustadora, com mais empatia.
Algumas referências culturais incluem a semelhança da música “Court of Miracles” com a trilha de “A pequena aventura” de Fantasia (1940), além de uma conexão com o filme “Amadeus” (1984), já que Tom Hulce, a voz de Quasimodo, interpretou Mozart.
Outros fatos surpreendentes
O vilão Frollo tem a mesma voz de Monsieur D’Arque, de “A Bela e a Fera” (1991), interpretado por Tony Jay, que também dublou ambos os personagens por sua interpretação marcante.
Meatloaf quase dublou Quasimodo, mas a direção decidiu por Tom Hulce, que tinha uma voz mais adequada ao personagem.
Finalmente, o número “Hellfire” foi uma das últimas canções de vilão a ser produzida por um clássico antagonista na Disney por mais de uma década, permanecendo até “Friends on the Other Side”, de “A Princesa e o Sapo” (2009).
Impacto e influência cultural
Essas curiosidades mostram como “O Corcunda de Notre Dame” é repleto de referências ocultas, influências culturais e escolhas de roteiro que revelam seu lado mais sombrio e artístico. Após conhecer esses detalhes, a experiência de assistir ao filme se torna ainda mais enriquecedora.
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