O 20º Campeonato Mundial de Atletismo, realizado em Tóquio, Japão, teve um início promissor para o Brasil, com a conquista da medalha de prata por Caio Bonfim na prova de abertura, os 35 km da marcha atlética. A competição começou na noite de sexta-feira e, com um desempenho notável, Bonfim elevou sua contagem de medalhas em Mundiais para três, ao adicionar a prata desta prova às duas medalhas de bronze que já havia conquistado: uma em Budapeste em 2023 e outra em Londres em 2017.
Caio Bonfim se destaca como maior medalhista brasileiro
Com este resultado, Caio Bonfim iguala-se a Claudinei Quirino como o brasileiro com mais medalhas em Mundiais de Atletismo. Quirino possui uma prata nos 200 metros em Sevilha, em 1999, e dois bronzes: um nos 200 metros em Atenas, em 1997, e outro no revezamento 4×100 metros também em Sevilha, em 1999. Caio ainda tem pela frente a prova dos 20 km, marcada para o dia 19 de setembro, onde poderá se isolar ainda mais como o maior medalhista mundial.
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Uma corrida desafiadora e emocionante
Bonfim fez uma corrida tática em Tóquio, com o clima quente e úmido dificultando ainda mais o desempenho dos atletas. Ele se destacou, demonstrando experiência e resiliência, mantendo-se entre os primeiros colocados ao longo da prova. Ao longo dos últimos 10 km, ele conseguiu subir ao top 5 e, além de ultrapassar adversários que dominavam a prova, mostrou um incrível desempenho final.
“Minha esposa mandava mensagem todo dia: luta, luta por nós, vence por nós. E foi isso que eu fiz”, declarou Bonfim após a prova. A pressão pela conquista da medalha havia sido intensa, e, segundo o atleta, a vitória foi um alívio. Agora, seu foco está na prova dos 20 km, onde ele promete muita dedicação e empenho.
Estratégia e adaptação na competição
Os 35 km de marcha atlética exigem não apenas habilidade técnica, mas também um grande controle mental e físico, principalmente sob condições climáticas adversas. Bonfim competiu com uma marca de 2h28min55, que foi sua melhor performance na temporada. O campeão da prova, o canadense Evan Dunfee, completou a corrida em 2h28min22, enquanto o japonês Hayato Katsuki ficou com o bronze, terminando em 2h29min16.
O atleta brasileiro, de 34 anos, já havia alcançado um recorde nacional em sua categoria, ao terminar em 4ª posição em Eugene-2022. Ele fala sobre a importância de se manter entre os melhores do mundo e reconhece a dificuldade dos percursos, especialmente em um verão recorde de calor.
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Próximos passos e expectativas
Com a experiência adquirida e a medalha de prata no peito, Caio Bonfim se prepara para os desafios futuros. Ele reconhece que a competição é dura e que cada prova exige muito esforço e dedicação. “Depois de uma prata olímpica, como manter? Em 2022, 2023 e 2024 eu ganhei medalhas. E hoje, além de ser uma medalha inédita, foi em uma prova inédita”, ressaltou.
A expectativa é alta, e o atleta promete dar o melhor de si nas próximas competições. O Brasil, que também teve Matheus Corrêa batendo seu recorde pessoal ao terminar em 15º lugar, e Max Batista garantindo a 27ª posição, segue acreditando no potencial de seus representantes no atletismo mundial.
Com o desempenho de Caio Bonfim, o atletismo brasileiro ganha mais destaque no cenário internacional, e a torcida aguarda ansiosa pelas próximas provas que ele disputará no Mundial, especialmente a dos 20 km, com data marcada para 19 de setembro.