Na manhã de sábado, 13 de setembro, o Papa Leão XIV recebeu cerca de 6 mil peregrinos na Basílica de São Pedro, trazendo com eles a beleza e a fé da região da Úmbria, descrita pelo Pontífice como “coração verde da Itália e tesouro de arte”. Essa recepção fez parte do Jubileu da Esperança, um evento que simboliza um itinerário espiritual de conversão e renovação.
A importância do Jubileu da Esperança
Durante sua saudação, o Papa enfatizou a importância desse evento que vai além de um simples gesto físico, sendo visto como uma jornada espiritual para cada um dos participantes. Ele incentivou os peregrinos, formados por bispos, sacerdotes, religiosos e fiéis, a aproveitarem a beleza ao seu redor e a perceberem a presença de Deus na natureza exuberante que os acolhe.
O Jubileu, segundo o Papa, representa um convite para que todos possam se unir em torno da Eucaristia, oferecendo ao Senhor “tudo o que são e tudo o que têm”. O Pontífice destacou ainda que essa união deve ser em um único Corpo, guiados pelo Espírito Santo.
Testemunho da santidade na Úmbria
A Úmbria, além de ser um lugar de beleza natural, é também uma terra de santidade. O Papa Leão XIV fez questão de evocar a história rica da região, que foi o berço de grandes santos e santas ao longo dos séculos, incluindo personagens conhecidos e outros menos famosos. Ele lembrou que cada comunidade tem uma história a contar e que essa diversidade de fé representa a riqueza da Igreja.
Uma das citações mais tocantes de sua saudação foi sobre Carlo Acutis, o jovem santo canonizado no domingo anterior à audiência. O Papa mencionou que a inspiração e a força que emanam da vida de Acutis são frutos da “bondade” que caracteriza a Úmbria. A vida e o exemplo de Acutis simbolizam a juventude e a coragem de viver a fé de maneira ativa e vibrante.
Beleza e esperança na mensagem do Papa
O Papa Leão XIV também recordou São Paulo VI e seu conceito de beleza como um “fruto precioso que resiste ao desgaste do tempo”. Em um mundo repleto de desafios, essa beleza é uma forma de união entre gerações, essencial para manter a esperança viva. O Pontífice fez um chamado para que os peregrinos apreciem e compartilhem essa beleza, permitindo que ela os conecte ainda mais a Deus.
“Vocês estão rodeados por ela, sob vários aspectos: apreciem-na, amem-na, deixem que ela lhes fale de Deus e tornem-se, por sua vez, anunciadores dela”, enfatizou o Papa. Esse convite não se limitou à experiência artística da região, mas se estendeu ao acontecimento mais sagrado do encontro: a Eucaristia, que deve ser celebrada com gratidão, união e a disposição de levar essa mensagem ao mundo como “missionários do amor e da paz”.
O evento encerra um ciclo de audiências do Papa, que reafirma a importância da fé e da unidade em tempos desafiadores. A mensagem de amor e esperança do Papa ressoa fortemente entre os peregrinos da Úmbria, sublinhando a relevância do Jubileu em momentos de reflexão e fé renovada.
O Papa fez um apelo à perseverança e à capacidade de olhar o futuro com esperança, destacando que a verdadeira beleza está nas relações humanas, na união e no amor. Essa é a mensagem que ele espera que os peregrinos levem consigo ao retornar às suas comunidades, implementando assim a missão de evangelização e amor ao próximo.