Brasil, 13 de setembro de 2025
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Polícia apreende motos usadas por criança em Sertãozinho, SP

A Polícia Civil de Sertãozinho apreendeu motos usadas por menino de 7 anos que fazia manobras perigosas com a supervisão do pai.

A segurança de crianças em atividades de lazer é um assunto sério, e a recente apreensão de motos utilizadas por um menino de 7 anos em Sertãozinho, SP, traz à tona preocupações sobre a responsabilidade parental e os limites do que é considerado uma brincadeira. O delegado Rodrigo Pimentel Bortoletto, responsável pela investigação, destacou que a situação é tratada como uma mera “brincadeira inofensiva” pelo pai da criança, o que levanta alarmantes questões sobre a percepção de risco por parte dos adultos envolvidos.

O caso em Sertãozinho

Segundo informações divulgadas pela polícia, o pai do garoto, Alessandro Rodrigues, é filmado frequentemente enquanto o menino realiza manobras arriscadas em uma moto. A polícia concluiu que, além do filho, a filha adolescente do casal também aparece em algumas filmagens na garupa do veículo, o que caracteriza uma potencial exposição a situações de extremo perigo. O delegado enfatizou que essas ações podem resultar em graves lesões ou até mortalidade em caso de acidente.

Alessandro e a mãe da criança podem ser responsabilizados pelo crime de periclitação, que envolve colocar a vida de outra pessoa em perigo, com pena que varia de um a quatro anos de prisão, além de multa. Esses detalhes reanimam a discussão sobre a exploração infantil e a função das redes sociais na proposta de aventuras perigosas envolvendo crianças, como o perfil do menino, que conta com mais de 520 mil seguidores.

A apreensão das motos

No dia 10 de setembro, a Polícia Civil apreendeu as motos utilizadas pelo menino para realizar suas manobras. Um dos veículos estava sem placa e apresentava indícios de adulteração no chassi. O delegado Bortoletto afirmou que a minimoto, apesar de seu tamanho reduzido, possui um motor comparável ao de motos convencionais, podendo igualmente atingir velocidades preocupantes que colocam em risco tanto a criança quanto outras pessoas no trânsito.

Além das motos, equipamentos como três celulares e uma CPU também foram confiscados, com a expectativa de que auxilios na investigação, ao revelar mais conteúdos que possam estar associados a essas manobras perigosas e, possivelmente, a participação de outras crianças nos vídeos postados nas redes sociais.

Preocupação crescente na região

Esse incidente em Sertãozinho não é isolado. Em agosto, a Guarda Civil Metropolitana de Ribeirão Preto abordou uma criança de 10 anos pilotando uma moto sem placa na localidade de Bonfim Paulista. O pai confirmou que o intuito era filmar as manobras para o perfil do filho nas redes sociais, que possui uma base de seguidores equivalente ao que a criança de 7 anos tem. Durante a abordagem, a criança até publicou stories mostrando a apreensão da moto, o que levanta questões sobre o comportamento imaturos e implicações sociais desses jovens influenciadores.

Responsabilidade dos pais e prevenção

Os casos emergentes de crianças pilotando motocicletas sob a supervisão de adultos deixam claro a necessidade de maior conscientização e ações educativas. O papel dos pais é crucial, devendo sempre priorizar a segurança e o bem-estar dos filhos. Este tipo de “brincadeira” não apenas coloca as crianças em risco, como também pode ter repercussões legais e sociais significativas para os responsáveis.

À medida que o debate sobre segurança infantil aumenta, instâncias como a Polícia Civil, o Conselho Tutelar e outras organizações comunitárias devem trabalhar juntas para garantir que crianças não sejam expostas a atividades perigosas em nome da popularidade nas redes sociais, onde a linha entre entretenimento e risco se torna cada vez mais tênue.

Com a continuidade da ocorrência de incidentes similares, espera-se que a legislação e as políticas públicas sejam reafirmadas para garantir a proteção das crianças e a responsabilização dos seus responsáveis. Por fim, uma reflexão mais profunda sobre o que significa diversão segura e os limites das experiências que envolvem nossos jovens é essencial para evitar futuros acidentes trágicos.

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