O corpo do turista argentino Alejandro Mario Ainsworth foi encontrado em uma área isolada na estrada da Grota Funda, no Rio de Janeiro, após ter desaparecido na madrugada do dia 8 de setembro. As investigações da Polícia Civil do estado começaram a se intensificar à medida que os detalhes em torno de seu desaparecimento se tornaram mais evidentes.
Desaparecimento após saída de boate
De acordo com as informações dostas na investigação, Alejandro saiu da boate Pink Flamingo, situada na Rua Raul Pompeia, em Copacabana, acompanhado por um homem, antes de desaparecer. O local é conhecido por atrair muitos turistas e oferecer uma agitada vida noturna. O desaparecimento foi registrado após quase 24 horas, na terça-feira, 9 de setembro, na Delegacia de Apoio ao Turismo (Deat).
Suspeitas sobre golpe “Boa noite, Cinderela”
A polícia investiga a possibilidade de que Alejandro tenha sido vítima do famoso golpe conhecido como “Boa Noite, Cinderela”, no qual a vítima é drogada sem o seu conhecimento antes de ser roubada. Imagens de câmeras de segurança adquiridas pelos investigadores estão sendo analisadas para tentar identificar o homem que deixou a boate com ele.
Até o momento, as autoridades conseguiram acessar registros bancários da vítima, que revelaram movimentações suspeitas em suas contas após o desaparecimento. Foram registrados saques, mudanças de senha e até pedidos de empréstimos, o que levanta ainda mais a suspeita sobre a possibilidade de um crime premeditado.
Movimentações bancárias alarmantes
Segundo relatos da imprensa argentina, um dos saques chegou a 3.500 dólares, o equivalente a cerca de R$ 18 mil. Além disso, um empréstimo de 4 milhões de pesos argentinos, que totaliza mais de R$ 14 mil, foi processado sem o consentimento da família. Graças à rápida ação dos parentes de Alejandro, uma nova tentativa de crédito foi bloqueada antes que a transação fosse concluída.
Revelações sobre o celular e a cena do crime
Uma imagem postada no Google Fotos na manhã do dia 9, que mostrava um carro estacionado em meio à vegetação, chamou a atenção da polícia. O celular de Alejandro permaneceu ativo até a noite daquele dia, mas não foi mais rastreado, o que indica que ele pode ter sido confrontado logo após ser droga.
Ainda nesta sexta-feira, os investigadores da Delegacia de Homicídios da Capital iniciaram diligências para obter imagens adicionais que possam ajudar a identificar e localizar os responsáveis pela morte de Alejandro. As investigações continuam, e a comunidade espera por respostas que esclareçam o trágico fim do turista argentino no Brasil.
Depoimentos e apoio da família
Os filhos de Alejandro Ainsworth já prestaram depoimento à polícia e estão cooperando ativamente com a investigação. Eles expressaram sua angústia e a dor de perder um ente querido em circunstâncias tão trágicas e nebulosas. Para a família, é essencial que a justiça seja feita e que os responsáveis pelo crime sejam encontrados e punidos.
O caso não é apenas um lembrete sombrio dos riscos que alguns turistas podem enfrentar, mas também ressalta a importância de estar sempre alerta e cuidar uns dos outros, especialmente durante a vida noturna em grandes cidades como o Rio de Janeiro.
A tragédia de Alejandro Ainsworth margeia as discussões sobre segurança pública e proteção a turistas, sendo esse um tema que precisa ser urgentemente abordado pelas autoridades locais, não apenas para evitar casos semelhantes, mas também para garantir que o turismo continue sendo uma fonte de alegria e experiência para visitantes de todo o mundo.
A Polícia Civil do Rio de Janeiro segue com sua investigação, determinada a esclarecer todos os detalhes que circundam este triste episódio.