Uma investigação da Polícia Civil do Tocantins culminou no indiciamento de 32 pessoas envolvidas em um esquema de furto de gado na região. Os suspeitos, que operavam em uma fazenda na cidade de Araguacema, no sudoeste do estado, foram apontados por praticar o abate clandestino dos animais e revender a carne de forma ilegal. Este caso chocante traz à tona preocupações sobre a segurança no setor agropecuário local.
Como o esquema funcionava
De acordo com informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), os crimes ocorreram ao longo de 2024, culminando com a finalização do inquérito nesta quinta-feira (11). O principal autor identificado pela polícia é um vaqueiro de 32 anos, que contava com a ajuda de um casal. Esse casal era responsável por organizar grupos de WhatsApp, onde negociavam e faziam a entrega da carne obtida de forma ilícita.
Indiciamentos e crimes envolvidos
As investigações revelaram que o vaqueiro foi indiciado por furto de semovente e associação criminosa. Por sua vez, o casal foi acusado de receptação de semovente e associação criminosa. A polícia também identificou que ao menos nove cabeças de gado da raça Nelore foram furtadas e abatidas. Conforme a apuração, a carne era revendida na cidade de Araguacema.
Após as investigações, 29 pessoas que adquiriram a carne clandestinamente foram identificadas, autuadas e indiciadas pelo crime de receptação culposa. A quantidade de indivíduos envolvidos nessa rede de fraude alerta para a complexidade do problema e para o impacto econômico que ele pode causar na pecuária local.
Próximos passos na investigação
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário, que agora tomará as medidas cabíveis em relação aos indiciamentos. As repercussões desse caso ainda estão sendo seguidas de perto pelas autoridades, dada a importância de combater práticas ilícitas que prejudicam a cadeia produtiva do estado.
Impactos no setor agropecuário
O furto de gado não apenas compromete a segurança alimentar, mas também gera um impacto significativo nos lucros dos pecuaristas locais. Esse tipo de crime denigre a imagem da agricultura e da pecuária, que são pilares fundamentais da economia do Tocantins e de outros estados brasileiros. A esperança é de que a atuação rigorosa das autoridades possa desestimular práticas ilícitas e proteger a propriedade privada dos produtores rurais.
Além disso, os pecuaristas devem estar atentos às práticas de segurança em suas propriedades e considerar formas de prevenção, como sistemas de vigilância e a criação de redes de apoio entre produtores para monitoramento de atividades suspeitas.
Conclusão
O caso de furto de gado, que envolveu 32 pessoas indiciadas, serve como um alerta sobre a vulnerabilidade das propriedades rurais e a necessidade de ações proativas por parte das autoridades e dos próprios produtores. O enfrentamento desse tipo de crime é crucial não apenas para proteger a atividade agropecuária, mas também para garantir a segurança alimentar da população. A expectativa agora é que a justiça seja feita e que a impunidade não prevaleça.
Fique ligado nas atualizações sobre este e outros casos na área de segurança pública no g1 Tocantins.
