Brasil, 13 de setembro de 2025
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Dólar fecha em 15 meses em R$ 5,35 com perspectiva de queda

O dólar à vista encerrou a sexta-feira em R$ 5,3537, menor valor desde junho de 2022, com tendência de baixa devido a fatores internacionais e domésticos

Nesta sexta-feira (12), o dólar à vista fechou em R$ 5,3537, registrando a menor cotação em 15 meses, após três sessões consecutivas de queda. A divisa recuou 0,69% frente ao dia anterior, acumulando uma baixa de 1,11% na semana.

Especialistas apontam que a perspectiva de cortes de juros nos Estados Unidos pelo Federal Reserve, aliado à manutenção da taxa básica Selic em 15% no Brasil, justificam a queda do dólar. A expectativa de curto prazo é de que a moeda americana siga em direção aos R$ 5,30.

Reação do mercado e cenário internacional

O recuo do dólar ocorre em um momento de maior cautela dos investidores, que aguardam as próximas decisões sobre juros nos Estados Unidos e no Brasil. Além disso, o mercado monitora a influência de eventos políticos no Brasil, como a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF, ocorrida na última quinta-feira (11).

De acordo com análises, a condenação de Bolsonaro pode provocar reações do governo americano, que já manifestou descontentamento e sugeriu possíveis sanções. Em julho, o governo dos EUA aumentou a sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros exportados, citando o julgamento de Bolsonaro como motivo.

Após a condenação, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que “o país responderá adequadamente a essa caça às bruxas”. Essa postura gerou reação do Itamaraty nas redes sociais, aumentando a tensão no cenário diplomático.

Impacto no mercado financeiro

Na bolsa de valores, o Ibovespa recuou 0,61%, fechando aos 142.271,58 pontos, após atingir recordes intradiários na semana passada. A realização de lucros após a forte alta e a expectativa pelas próximas decisões de juros contribuem para a tendência de realização de ganhos.

Por outro lado, uma pesquisa recente da Ipsos-Ipec mostrou melhora na avaliação do governo Lula, que passou de 25% para 30% de avaliação positiva, enquanto a negativa caiu de 43% para 38%, sinalizando uma mudança no cenário político que também influencia os mercados.

Segundo analistas, o momento é de cautela, mas a expectativa é de que o dólar possa seguir em trajetória de baixa nas próximas semanas, apoiado por fatores econômicos e políticos internos e externos.

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