O ex-presidente Donald Trump declarou nesta semana que “não se importa menos” com a possibilidade de unificação dos americanos após a morte do ativista de direita Charlie Kirk. A afirmação reforça a polarização crescente no país, mesmo diante de um momento que poderia favorecer a concórdia.
Declaração polêmica e impacto na polarização
Durante uma entrevista na Fox & Friends, na sexta-feira, Trump respondeu de forma categórica à questão sobre como os americanos poderiam se reconciliar após o tiroteio ocorrido em Utah, que matou Kirk. O ex-presidente afirmou: “Vou te dizer uma coisa que vai me trazer problemas, mas eu não me importa menos”.
Ele também criticou a tática de equivalência entre grupos políticos, dizendo que indivíduos como Kirk eram comparados a nazistas e criminosos pelo extremo esquerdo. “Esse tipo de retórica é diretamente responsável pelo terrorismo que estamos vendo hoje nos Estados Unidos”, afirmou.
Reações e contexto político
Conservadores, incluindo apresentadores da Fox News como Jesse Watters e o deputado Rep. Bob Onder, têm reforçado a narrativa de que a violência é alimentada por uma “ideologia de esquerda” e por políticos que, segundo eles, incitam o ódio contra manifestações conservadoras. Watters atribuiu a responsabilidade pelo ataque a políticos, à mídia e a “ratos” que alimentam o clima de violência.
Já Onder qualificou a ideologia de esquerda como “pura maldade”.
Detenção do suspeito e turbulências na investigação
Trump anunciou também que o suspeito de 22 anos pelo ataque foi finalmente capturado, após a prisão e posterior soltura de duas pessoas inicialmente detidas. Segundo ele, o jovem foi entregue por seu próprio pai. As autoridades continuam investigando o caso, que gerou debates sobre o discurso de ódio na política americana.
Envolvimento de Trump na narrativa de divisão
Ao rejeitar qualquer esforço de união, o ex-presidente demonstra uma estratégia política que mantém e reforça a polarização nos Estados Unidos. Especialistas apontam que sua postura agrava o clima de intolerância e ameaça a estabilidade social, sobretudo em momentos de crise como o atual.
Este artigo foi originalmente publicado no HuffPost.
