Brasil, 12 de setembro de 2025
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Governadores de direita se manifestam em defesa de Jair Bolsonaro

A condenação do ex-presidente gera reações de governadores como Jorginho Mello e Cláudio Castro em defesa de Bolsonaro.

Na última decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi condenado a 27 anos e três meses de prisão por sua participação na trama golpista, o que provocou uma onda de manifestações entre aliados políticos, principalmente entre os governadores de direita. Essa situação acendeu ânimos e trouxe à tona uma polarização ainda mais intensa no cenário político brasileiro.

Consequências da condenação de Bolsonaro

A condenação foi resultado de um julgamento que durou cinco dias, onde o ex-presidente foi considerado culpado por crimes como organização criminosa armada e tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito. A decisão da corte, que recebeu uma ampla repercussão nas redes sociais, gerou manifestações de apoio de diversos aliados, que não pouparam esforços em defender Bolsonaro e criticar a ação do STF.

Entre os que se pronunciaram, Jorginho Mello (PL-SC), governador de Santa Catarina, utilizou suas redes sociais para expressar descontentamento com a decisão. Em um vídeo, Mello destacou os argumentos apresentados pelo ministro Luiz Fux, que votou pela absolvição de Bolsonaro e outros réus, mas foi vencido pela maioria. Ele alega que houve inconsistências na condenação, argumentando que “Bolsonaro foi condenado por uma suposta tentativa de depor um governo que era dele mesmo, dando um autogolpe”.

A opinião de outros governadores

Outros governadores também manifestaram suas opiniões sobre o caso. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), afirmou que a decisão do STF acirra as tensões políticas no país e falou sobre o impacto emocional que a situação representa para a família de Bolsonaro. “Queridos Flavio Bolsonaro, Eduardo, Michele, Renan, Carlos e Laura, se vocês choram por um pai, o Brasil chora pelo nosso presidente”, escreveu Castro em suas redes.

Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, também se posicionou contra a condenação, afirmando que esta ação apenas intensifica as divisões no país. Zema questionou a justiça do processo, perguntando “Justiça ou inquisição?” em uma postagem que reflete a sua perplexidade diante do veredicto.

Por outro lado, Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, reiterou seu apoio à anistia para os envolvidos nas manifestações do 8 de janeiro, afirmando que a decisão do STF não encerra o debate sobre a necessidade de pacificação nacional. “Fui o primeiro a me posicionar e reitero: se tiver a oportunidade de chegar à Presidência da República, assinarei a anistia assim que tomar posse”, disse Caiado em uma nota.

A repercussão nas redes sociais

Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, descreveu a condenação como uma “sentença injusta” e enfatizou a importância da presunção da inocência. Apesar de criticar a decisão, ele optou por não mencionar diretamente o STF, embora tenha se manifestado de maneira contundente em um recente ato bolsonarista em São Paulo, onde usou termos como “tirania” e “ditadura” para descrever a corte.

A movimentação nas redes sociais, com vídeos e postagens defendendo a inocência de Bolsonaro, reflete uma estratégia política clara: manter a base bolsonarista unida em um momento delicado. A polarização que se acirra com essas defesas é uma preocupação para muitos analistas, que veem o Brasil dividido entre apoiadores fervorosos e opositores da figura de Bolsonaro.

Por fim, esta situação se configura como teste para os governadores de direita que aspiram futuras disputas eleitorais e também para as redes sociais, que seguem como plataforma central de mobilização política, evidenciando o impacto que as decisões judiciais podem ter na política nacional.

A condenação de Jair Bolsonaro, portanto, não é apenas uma questão judicial, mas uma chacoalhada nas estruturas políticas brasileiras, onde a divisão entre os que o apoiam e os que o rejeitam se torna cada vez mais nítida.

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