Kleciano Almeida da Silva e Iranilde da Silva oficializaram sua união estável durante uma cerimônia emocionante no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). O momento especial ocorreu nesta sexta-feira (12), enquanto Kleciano se encontra em tratamento paliativo devido a uma doença crônica.
A decisão de amar até o fim
Kleciano, que está internado há mais de 40 dias, manifestou o desejo de oficializar seu relacionamento de seis anos com Iranilde ao perceber que seu tempo de vida pode ser mais curto do que o planejado. A médica oncologista e paliativista Carla Sena destaca a importância do momento, relatando que, em situações de cuidados paliativos, as prioridades dos pacientes se tornam claras. “Ele tem uma doença crônica. E em cuidados paliativos aqui no hospital, a gente vê o que é prioridade para o paciente. Nesse momento, quando ele compreendeu que teria um menor tempo de vida do que tinha planejado, ele traz o desejo de oficializar a união que já existia há 6 anos com a esposa”, comentou a médica.
O simbolismo do amor
A cerimônia, mesmo realizada em um ambiente hospitalar, foi repleta de emoção e significados. O amor entre Kleciano e Iranilde transpareceu em cada detalhe, mostrando que, independentemente das adversidades, o vínculo afetivo é forte. A união estável não é apenas um ato formal, mas uma celebração da vida e do amor que superam até mesmo os momentos mais difíceis.
Impacto na vida dos envolvidos
Para Iranilde, a oficialização da união é um passo importante em meio à situação delicada vivida por seu parceiro. “Estar ao lado dele neste momento é tudo que eu sempre quis. Casar com ele é mais do que um sonho, é a realização do nosso amor”, disse a noiva, visivelmente emocionada durante a cerimônia.
Essa história comovente traz à luz questões essenciais sobre a valorização das relações pessoais, especialmente em tempos de crise. O amor e a união entre duas pessoas podem proporcionar um alicerce fundamental em momentos de fragilidade. Além disso, esse ato simboliza um reconhecimento social e emocional do relacionamento, mesmo que em meio a desafios como a hospitalização.
O papel dos profissionais de saúde
Os profissionais de saúde desempenham um papel crucial em momentos como este. A compreensão das necessidades emocionais dos pacientes é cada vez mais reconhecida como parte fundamental do cuidado paliativo. Carla Sena, que acompanhou o caso de Kleciano, ressalta a importância de oferecer suporte não apenas nos tratamentos físicos, mas também nas demandas emocionais e sociais dos pacientes.
“Nosso papel vai além da medicina tradicional. Nos cuidados paliativos, procuramos entender o paciente como um todo, e isso inclui os seus desejos, sonhos e, acima de tudo, o amor que ele tem por sua família”, afirmou a médica.
Da Redação