O governo federal anunciou que o acesso às medidas do Plano Brasil Soberano será concedido com prioridade às empresas que apresentarem, entre julho de 2024 e junho de 2025, ao menos 5% do faturamento total proveniente de exportações de produtos impactados pelas tarifas adicionais impostas pelos Estados Unidos. A iniciativa busca ampliar o benefício às empresas mais afetadas pelas tarifas comerciais.
Regras para acesso às medidas do plano
De acordo com o Palácio do Planalto, esse critério visa direcionar os recursos do programa às companhias que tiveram maior interferência na sua receita devido às tarifas americanas. “Nossa proposta é facilitar o acesso às medidas do Plano Brasil Soberano para quem realmente precisa, garantindo uma distribuição mais eficiente dos recursos públicos”, afirmou uma fonte oficial do governo.
Impacto das tarifas dos EUA na economia brasileira
Segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, algumas empresas brasileiras dependem até mesmo de 20% do faturamento de suas exportações para os Estados Unidos. As tarifas adicionais, que variam de produto para produto, têm sido um obstáculo à competitividade dos exportadores brasileiros no mercado americano.
Repercussões e próximas etapas
Com as novas regras, os exportadores que cumprirem o requisito de 5% de faturamento impactado poderão solicitar créditos mais acessíveis, além de benefícios fiscais previstos no plano. A medida faz parte de uma estratégia maior de fortalecimento do comércio exterior e de proteção à indústria nacional frente às tensões comerciais internacionais.
O Ministério da Economia destacou que a lista de produtos afetados pelas tarifas, atualmente com quase 10 mil itens, já está disponível para consulta e que as empresas interessadas podem solicitar o crédito mais barato a partir da próxima semana, conforme divulgado no portanto do G1.
Perspectivas futuras
Especialistas avaliam que essa iniciativa deve melhorar a competitividade dos exportadores brasileiros afetados pelas tarifas americanas, além de reforçar a estratégia do governo de proteger setores vulneráveis. A expectativa é que, ao facilitar o acesso ao crédito, o governo incentive uma retomada mais sólida do crescimento no comércio exterior.