O novo filme “Triumph of the Heart” retrata os últimos dias de São Maximiliano Kolbe, que passaram em um bunker de fome no campo de concentração de Auschwitz. Com estreia prevista para 12 de setembro, a obra destaca o sacrifício do frade franciscano polonês, que voluntariamente morreu em lugar de outro homem, há quase 80 anos.
Liberado em uma semana de forte apreço por cultura de fé
O lançamento acontece em um momento de crescente interesse por produções religiosas e de fé, como apontaram atores e produtores presentes na pré-estreia em Dallas, no Texas. No evento, que reuniu mais de mil pessoas na Universidade de Texas, o diretor Anthony D’Ambrosio comentou a magnitude do momento, afirmando que “Deus, claro, tinha outros planos” para a cerimônia.
“O que estamos vendo é que Deus tem ampliado nossa visão do que Ele quer fazer com esse filme, essa história”, afirmou D’Ambrosio, considerado um dos principais nomes na realização do projeto.
Resgate do protagonismo na mídia e a ascendência de produções religiosas
Entre os presentes, destacaram-se atores que comentaram a recente retomada do interesse por filmes voltados à fé. Michael Iskander, que interpreta o rei Davi na série “House of David” e foi mestre de cerimônias do evento, disse acreditar que “Cristo está derramando seu coração por todos nós” por meio dos meios de comunicação.
Ele destacou também a influência da série “The Chosen” na abertura de espaço para a temática religiosa na televisão e no cinema, elogiando o momento como “uma oportunidade de mostrar que esse mercado de fé é forte e desejado pelo público”.

Iskander, que se converteu recentemente ao Catolicismo, relembrou que Kolbe foi um dos primeiros santos que aprendeu a conhecer na Igreja, destacando como o uso dos meios de comunicação ajudou o mártir a divulgar a mensagem do Evangelho. “É apropriado que este filme e esse ressurgimento na cultura cristã estejam ligados a São Maximiliano Kolbe”, afirmou.
A renovação do interesse por produções com valores de fé
Jeff Schiefelbein, coapresentador do podcast “The Beatidudes” e investidor do filme, acredita que a retomada do interesse em mídia baseada na fé ocorre porque as pessoas estão “cansadas de tudo que é superficial”.
“Estamos sendo levados a comparar nossas vidas com valores que nada têm a ver com o que realmente importa, como o materialismo. O movimento volta para o que é verdadeiro, bom e belo, que estão enraizados no Evangelho”, afirmou Schiefelbein.
Marcellino D’Ambrosio, conhecido autor e comentarista católico que também é produtor executivo do filme — além de pai de Anthony D’Ambrosio — qualificou o momento atual como uma “sentimento do Espírito Santo”.
“São Augustine dizia que nossos corações permanecem inquietos até que encontrem repouso em Deus. O sucesso na cultura, mesmo numa sociedade antiga como Roma, revela que há uma sensação de vazio quando se alcança um sucesso material; só Deus oferece satisfação verdadeira”, apontou. “Acredito que estamos passando por esse momento de busca espiritual na nossa cultura”, completou.
Filme como fonte de esperança e fé
Os envolvidos na produção deixam claro que o objetivo principal é levar esperança ao público. Marcellino D’Ambrosio expressou sua esperança de que “as pessoas percebam que Deus é real, que há um futuro para todos, mesmo nos momentos mais difíceis”.
O ator Rowan Polonski, que interpreta Albert — um dos homens no bunker ao lado de Kolbe — destacou a intenção de o público sair do cinema “emocionalmente impactado, com uma sensação de alegria e alívio”.
“O filme mostra que, por mais sombrios que os tempos possam parecer, há sempre uma saída, uma luz — muitas vezes, na forma do amor”, comentou Polonski. Já a produtora Cecilia Stevenson declarou que deseja que a audiência “sinta o amor de Jesus, que entrou na nossa dor, assim como Kolbe fez”.
Ela reforça a mensagem de que a história de Kolbe aponta para Cristo e que, ao assistir ao filme, as pessoas podem encontrar esperança e sentido na própria vida, mesmo na dor.