Brasil, 12 de setembro de 2025
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Pena de Mauro Cid gera revolta entre aliados de Bolsonaro

A condenação de Mauro Cid em regime aberto provoca indignação entre os apoiadores de Jair Bolsonaro, que articulam estratégia de defesa.

A recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar o tenente-coronel Mauro Cid a dois anos em regime aberto levantou um clamor de indignação e revolta entre familiares e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. A situação se agrava conforme a notícia se espalha e aliados de Bolsonaro, incluindo seu filho, Carlos Bolsonaro, utilizam as redes sociais para apoiar Cid em tempos conturbados.

A reação dos aliados de Bolsonaro

Carlos Bolsonaro, em uma manifestação pública, parabenizou Cid por seu papel na história brasileira por meio de suas redes sociais, demonstrando uma figura de apoio ao militar. Este ato simboliza uma defesa velada ao tenente-coronel e busca unir os apoiadores em um momento de vulnerabilidade e crise de imagem com a condenação.

A estratégia de defesa em andamento

Com a manutenção do acordo de delação feito por Cid, auxiliares de Jair Bolsonaro já articulam uma estratégia para “implodir” a imagem do tenente-coronel. A ideia é expor publicamente a influência de Cid nas decisões de Bolsonaro, que, segundo colaboradores do ex-presidente, teria contribuído para sua condenação. Entre os tópicos a serem explorados, destacam-se as sugestões de Cid ao ex-presidente para minimizar os efeitos da pandemia de Covid-19.

Mauro Cid e suas implicações

Além das questões relacionadas à pandemia, a estratégia inclui lever a público a participação de Cid em ações que minaram a credibilidade das urnas eletrônicas e fomentaram ataques a instituições democráticas, o que, para os aliados de Bolsonaro, ajudaria a diluir a responsabilidade do ex-presidente nas ações controversas do governo.

A proposta de culpar Cid pelos atos de Bolsonaro, que sempre foi seu superior hierárquico, levanta questões sobre sua eficácia em termos legais. A defesa de Cid não prevê que esse movimento consiga reverter ou amenizar a condenação de 27 anos de prisão imposta ao capitão reformado, que já se tornou um tema polêmico na política nacional.

As acusações e a pena imposta

Mauro Cid foi condenado pelos cinco crimes que lhe foram atribuídos pela Procuradoria-Geral da República (PGR): organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Inicialmente, sua pena poderia ultrapassar os 40 anos, mas após o acordo de delação, o STF estabeleceu uma pena de apenas dois anos em regime aberto.

Planos futuros de Mauro Cid

De acordo com informações divulgadas pelo colunista Bernardo Mello Franco, após cumprir sua sentença, Cid planeja se mudar para os Estados Unidos, onde já residem um irmão e uma filha, buscando assim um novo recomeço distante das polêmicas políticas do Brasil.

Este recente julgamento se torna mais uma peça no xadrez político brasileiro, onde as consequências das decisões de figuras proeminentes como Mauro Cid não apenas afetam suas vidas pessoais, mas também reverberam na confiança pública na política e nas instituições do país. À medida que o cenário se desenvolve, resta ver como essa situação afetará aliados de Bolsonaro e o futuro político de todos os envolvidos.

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