Giorgio Armani, ícone da moda italiana, faleceu na última quinta-feira aos 91 anos, deixando um plano que pode transformar o destino da marca que leva seu nome. Segundo a imprensa italiana, o estilista determinou que sua fundação, herdeira da Giorgio Armani SpA, deverá ceder 15% da companhia a um grande conglomerado do setor de luxo, como LVMH, L’Oréal ou EssilorLuxottica. O documento ainda prevê que, em até cinco anos, esse futuro parceiro poderá assumir o controle majoritário da grife.
Decisão contrasta com trajetória de independência
Ao longo de sua vida, Armani manteve uma postura de resistência às ofertas de aquisições por parte dos principais conglomerados internacionais. Reconhecido pela sua independência e pelo estilo minimalista e rigoroso, o estilista sempre rejeitou propostas de compra de sua marca.
A decisão de deixar parte da empresa em um acordo de parceria surpreende, considerando-se o perfil de Armani, que construiu sua trajetória de sucesso com autonomia e inovação. Segundo fontes próximas, a intenção é garantir a continuidade da marca em modelos de gestão mais abrangentes, sem abrir mão do seu legado estético.
Trajetória e influência no mundo da moda
Nascido em Piacenza, no norte da Itália, Armani, que chegou a estudar Medicina antes de enveredar pelo mundo da moda, fundou sua marca em 24 de julho de 1975, aos 41 anos. Sua assinatura — uma moda minimalista, elegante e descomplicada — revolucionou o guarda-roupa masculino e influenciou o estilo de várias gerações.
O impacto de Armani ultrapassou as passarelas, com sua forte presença no cinema. A película “Gigolô americano”, de 1980, estrelada por Richard Gere vestindo suas criações, consolidou sua reputação no universo de Hollywood. Sua colaboração com o cinema se estendeu por mais de 250 produções, incluindo clássicos como “Os intocáveis” e “Beleza roubada”.
Perspectivas futuras para a marca
Apesar de sua postura de autonomia, a decisão de equilibrar controle através de uma parceria com um grupo de tamanho mundial abriga a expectativa de maior expansão internacional e fortalecimento financeiro. Analistas avaliam que a estratégia, que prevê o controle total em até cinco anos, pode garantir à marca uma gestão mais robusta e inovadora no mercado global do luxo.
Segundo fontes da indústria, essa movimentação também reflete o cenário atual de consolidação do setor de moda e beleza, onde alianças estratégicas se tornaram essenciais para competir com os gigantes do setor.
Mais detalhes sobre o plano de Armani podem ser lidos na matéria completa pelo O Globo.