Brasil, 12 de setembro de 2025
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Polícia Federal apreende Ferrari e investiga fraude no INSS

Operação da PF resulta na prisão de envolvidos em esquema de fraudes que desviaram milhões do INSS com associações de fachada.

A Polícia Federal (PF) realizou uma operação impactante nesta sexta-feira (12) em Brasília, apreendendo uma Ferrari, relógios de luxo e dinheiro em espécie no combate a um esquema de fraudes envolvendo o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). A ação culminou na prisão de Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como o “Careca do INSS”, e do empresário Maurício Camisotti, no contexto de uma investigação sobre desvios de aposentadorias e pensões.

Os detalhes da operação

Na operação que ocorreu no Lago Sul, em Brasília, a PF mandou prender Antunes e Camisotti, além de cumprir 13 mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram emitidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça. A investigação apurou que Antunes atuava como lobista, facilitando o acesso a informações sensíveis de beneficiários do INSS, usando assinaturas falsas para registrar associados em entidades fictícias que descontavam mensalidades de aposentados sem o seu consentimento.

Os crimes identificados pela PF

De acordo com as apurações, as associações investigadas tinham práticas fraudulentas que envolviam o pagamento de propinas a servidores do INSS para obter dados de beneficiários. Os métodos usados pelas entidades incluíam:

  • Falsificação de assinaturas para autorizar descontos nas aposentadorias;
  • Criação de associações de fachada, muitas vezes presididas por idosos ou pessoas com baixa renda;
  • Inscrições irregulares de aposentados, na maioria das vezes sem o consentimento deles.

A PF revelou que havia casos em que aposentados foram filiados a várias entidades no mesmo dia, com erros de escrita idênticos nas fichas de inscrição, evidenciando a natureza fraudulenta do esquema. Além disso, servidores e dirigentes do INSS estariam envolvidos, recebendo vantagens indevidas para incluir os descontos nos contracheques dos aposentados.

As prisões e as defesas

Após a prisão, Antônio Carlos Antunes foi levado para a Superintendência da PF do Distrito Federal. Os investigadores acreditam que ele tenha transferido mais de R$ 9,3 milhões para outras pessoas ligadas a funcionários do INSS entre 2023 e 2024. Já Maurício Camisotti, detido em São Paulo, é descrito como sócio oculto de uma das associações investigadas e beneficiário das fraudes na Previdência.

As defesas dos acusados se manifestaram oficialmente. O advogado de Nelson Willians insistiu que ele está colaborando com as autoridades e que as transações financeiras que foram alvo da investigação referem-se à compra de um terreno. Com relação a Camisotti, sua defesa destacou que não há justificativa para sua prisão e classificou a ação policial como arbitrária.

Implicações e desdobramentos da investigação

A investigação começou em 2023, quando a Controladoria-Geral da União (CGU) detectou indícios de irregularidades no sistema de aposentadorias. Após a consulta aos dados, a PF foi acionada para investigar a fundo o caso e atuar contra a fraude. A operação, que se desdobrou em várias frentes, não apenas apreendeu bens de luxo, mas também buscou corroborar as provas que sustentam as alegações de desvio de dinheiro público.

Com o avanço da investigação e o envolvimento de entidades e associações que atuavam como fachada, a expectativa é que mais detalhes sejam revelados em breve, expondo ainda mais o impacto que esse esquema trouxe para os aposentados e para a Previdência Social.

Ainda há muitas questões em aberto, e a Polícia Federal continua a investigar as ramificações do caso, que promete novos desdobramentos nos próximos dias.

Essa reportagem ainda está em atualização e novas informações devem ser divulgadas à medida que a operação avança.

Para mais detalhes sobre a operação e seus desdobramentos, acesse o link da fonte.

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