Brasil, 12 de setembro de 2025
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Departamento de Justiça dos EUA processa Uber por discriminação contra pessoas com deficiência

A Uber foi processada por alegações de discriminação contra passageiros com deficiências físicas, violando a legislação federal dos EUA.

A divisão de direitos civis do Departamento de Justiça dos Estados Unidos apresentou uma queixa nesta quinta-feira (11) contra a Uber, acusando a gigante dos transportes por aplicativo de praticar discriminação contra passageiros que utilizam animais de serviço ou cadeiras de rodas dobráveis. A ação foi protocolada na Justiça federal do norte da Califórnia.

Acusações de discriminação e violações às leis de acessibilidade

Segundo o documento, motoristas da Uber frequentemente se recusam a atender passageiros que viajam com animais de trabalho ou que dependem de dispositivos de assistência, como cadeiras de rodas. O Departamento de Justiça afirma que, apesar de a empresa ter criado um recurso de autoidentificação para informar motoristas sobre acompanhantes com animais de serviço, a discriminação persistiu.

Histórico de processos e acordos anteriores

A Uber já enfrentou múltiplas ações judiciais por violações à Lei dos Americanos com Deficiências (Americans With Disabilities Act). Em 2021, a companhia chegou a um acordo com o Departamento de Justiça, comprometendo-se a pagar mais de US$ 2 milhões a passageiros e a alterar suas políticas, após ser acusada de cobrar taxas discriminatórias.

Reação da Uber e medidas adotadas

A Uber afirmou discordar das alegações do governo. Um porta-voz da empresa afirmou: “Passageiros que usam cães-guia ou outros dispositivos de assistência merecem uma experiência segura, respeitosa e acolhedora na Uber — ponto final”. A companhia reforçou que “tem uma política de tolerância zero para recusas de serviço confirmadas” e que todos os motoristas “devem reconhecer e concordar em cumprir” suas normas, antes de usar o aplicativo.

Além disso, o porta-voz destacou que, em caso de violação, a Uber toma “medidas decisivas”, incluindo a desativação permanente da conta do motorista infrator. No entanto, o Departamento de Justiça afirmou que, após anunciar a investigação, a Uber introduziu um recurso opcional para que passageiros informem a presença de animais de serviço, mas que a discriminação persistiu.

Impacto no mercado e perspectivas futuras

As ações da Uber tiveram leve queda após a divulgação da denúncia, encerrando o dia com alta de apenas 0,5% em Nova York. O Departamento de Justiça afirmou que continuará acompanhando o caso e cobrando ações efetivas para garantir a acessibilidade e direitos dos passageiros com deficiência.

Segundo especialistas, a ação reforça a necessidade de as empresas de tecnologia e transporte reforçarem suas políticas de inclusão, além de promoverem treinamentos mais rigorosos para motoristas sobre acessibilidade.

Para mais detalhes, leia a matéria completa no O Globo.

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