Brasil, 12 de setembro de 2025
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Anistia a bolsonaristas é discutida com apoio de Tarcísio de Freitas

O PL articula anistia para Bolsonaro e aliados; presença de Tarcísio em Brasília é considerada crucial para projeto.

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) formar maioria para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados por tentativa de golpe de Estado, uma movimentação entre os membros do Partido Liberal (PL) tem ganhado força. Nos bastidores, a expectativa é de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), desembarque em Brasília na próxima segunda-feira (15/9). A presença do governador é vista como vital para reforçar a articulação de uma proposta de anistia que beneficie os condenados pela Suprema Corte.

A expectativa de apoio político

Integrações da cúpula do PL informaram que Tarcísio deverá repetir a campanha realizada em Brasília na semana passada, quando se reuniu com diversas lideranças políticas em busca de apoio à proposta de anistia. Apesar de inicialmente ser considerada “morta”, a ideia voltou a ser debatida no Congresso após o governador conseguir mais promessas de apoio, embora ainda não haja clareza sobre qual versão da proposta poderá ser aprovada.

A ala mais radical do PL acredita que há espaço para uma anistia “ampla, geral e irrestrita”. Essa proposta não apenas poderia isentar Bolsonaro de cumprir pena pela tentativa de golpe, mas também permitiria a sua volta à elegibilidade, atualmente suspensa até 2030, conforme decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Desafios para a aprovação da anistia

Com o avanço da discussão sobre a anistia, surgem também desafios políticos. O PL planeja convencer o presidente da Câmara, Hugo Motta, correligionário de Tarcísio, a pautar com urgência a proposta. Se aceita, essa urgência permitiria que o projeto fosse votado diretamente em plenário, sem passar pelas comissões.

No entanto, Motta tem se mostrado cauteloso em avançar com o tema. A situação é complicada tanto internamente na Câmara, onde membros bolsonaristas protestaram ocupando o plenário, quanto externamente, uma vez que a aprovação de um texto que contrarie a decisão do STF poderia acirrar as tensões entre os Poderes.

Pontos de vista divergentes no Centrão

Dentro do Centrão, há um debate sobre a melhor forma de proceder. Embora muitos desejem encerrar o assunto de uma vez por todas com a aprovação da anistia, não é consenso que isso deva ser feito em favor de Bolsonaro. Um grupo expressivo desse bloco legislativo propõe que uma proposta mais gentil seja aprovada, focando em beneficiar apenas os manifestantes do dia 8 de janeiro, mantendo a punição para aqueles que planejaram a tentativa de golpe.

No melhor cenário desenhado pelo PL, o requerimento de urgência poderia ser votado na terça-feira, com o mérito na quarta-feira. Contudo, essa sequência ainda depende da habilidade política de Tarcísio e do alinhamento das forças dentro da Câmara.

A repercussão no cenário político

A articulação em torno da anistia não é apenas um movimento interno do PL, mas representa um desafio também para a governabilidade do atual governo. A medida, se aprovada, não somente alteraria o status de penalização de figuras centrais do bolsonarismo, mas também daria um novo fôlego para o ex-presidente, o que poderia ter impactos significativos nas disputas eleitorais futuras.

À medida que se aproxima a data da votação, a pressão política aumenta e o apoio ou oposição à anistia se torna um termômetro das relações de poder no Brasil. Os próximos dias prometem ser cruciais para definir não apenas o futuro de Bolsonaro, mas também as dinâmicas políticas que marcarão o país nos próximos anos.

Com a presença de Tarcísio e a articulação do PL, a anistia emerge novamente como um tema candente no debate político brasileiro, levantando questões sobre justiça, perdão e a reconstrução das relações entre os diversos grupos políticos.

Para acompanhar as atualizações sobre este e outros temas, fique ligado na nossa cobertura completa.

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