Brasil, 11 de setembro de 2025
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Banco Central Europeu mantém juros em 2% e avalia cenário econômico

Com inflação controlada, BCE mantém taxa de juros em 2% e reframa confiança na sólida recuperação da economia do euro

O Banco Central Europeu (BCE) decidiu nesta quinta-feira (11) manter a taxa de juros em 2%, após oito cortes consecutivos ao longo de um ano, refletindo otimismo com a inflação e a economia da zona do euro. A decisão foi alinhada às expectativas do mercado e ocorreu sem orientação sobre futuras ações, que serão tomadas com base em dados econômicos emergentes.

Estabilidade na política de juros diante do cenário de inflação e crescimento

Segundo o BCE, a inflação na região está próxima da meta de 2% no médio prazo, mantendo-se em 2% ou ligeiramente abaixo, e a avaliação dos dirigentes continua de que a estabilidade de preços foi restabelecida após oscilações recentes. Christine Lagarde, presidente do banco, destacou que as taxas atuais são adequadas para lidar com os impactos de tensões comerciais, geopolíticas e turbulências internas na França, que movimentaram os mercados nesta semana.

O compromisso do BCE acompanha a postura do Federal Reserve (Fed), que sinaliza uma pausa na elevação dos juros nos EUA, em meio a sinais de enfraquecimento do mercado de trabalho americano. Dados recentes indicaram alta de 2,9% na inflação ao consumidor dos EUA em agosto, acima dos 2,7% do mês anterior, aumentando as expectativas de uma eventual redução das taxas por parte do Fed na próxima semana.

Projeções econômicas e impacto do cenário internacional

As projeções trimestrais indicam que os preços ao consumidor subirão 1,7% em 2026, número mais próximo da meta do que a previsão anterior de 1,6%. Para 2027, a inflação deverá atingir 1,9%, abaixo da expectativa anterior. Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro deve crescer 1,2% neste ano e 1% no próximo, demonstrando resiliência diante do ambiente de incertezas internacionais.

A melhora na confiança do mercado, apesar das tarifas de 15% sobre exportações impostas pelos Estados Unidos e das tensões na França, indica uma recuperação contínua na manufatura europeia, que vinha desacelerando há meses. Contudo, o colapso do governo francês, em consequência de reformas impopulares, apresenta um novo desafio para a estabilidade política e econômica da região.

Reações do mercado e perspectivas futuras

Após a decisão do BCE, o euro recuou 0,3%, negociado a US$ 1,1664, refletindo as expectativas de inflação mais moderada para 2027. Os rendimentos dos títulos alemães de 10 anos também caíram para 2,64%, sinalizando uma percepção de estabilidade nos juros a longo prazo. Analistas reforçam que o cenário atual favorece uma manutenção dos juros por mais algum tempo, até que novos indicadores justifiquem novas ações.

A presidente Lagarde será novamente questionada sobre as perspectivas econômicas em uma coletiva de imprensa às 14h45, em Frankfurt, quando deverá reforçar a confiança na recuperação e na estabilidade do euro. O contexto de desaceleração nos EUA e de crescimento sustentado na Europa fortalecem a postura cautelosa do banco central, que busca equilibrar inflação, crescimento e estabilidade financeira.

Para saber mais, acesse a notícia completa no Globo.

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