Nesta quinta-feira, a Receita Federal anunciou a deflagração da Operação Snooker, que investiga irregularidades cometidas por um servidor público no Aeroporto Internacional Pinto Martins, em Fortaleza. As ações visam desarticular esquemas que prejudicaram a fiscalização aduaneira e facilitaram práticas ilícitas.
Início das investigações e principais alvos
As investigações começaram em 2022, após denúncia anônima enviada à Ouvidoria do então Ministério da Economia, atualmente Fazenda. Segundo apuração, o servidor teria ocultado bens, favorecido importadoras e recebido pagamento de empresas para si e familiares, colocando em risco a integridade da Receita e o mercado interno.
Operação e ações de fiscalização
A Operação Snooker cumpriu 22 mandados de busca e apreensão — sendo 10 de pessoas físicas e 12 de jurídicas — em cinco cidades do Ceará e uma da Bahia. Paralelamente, a Alfândega de Fortaleza intensificou ações de fiscalização dentro do Plano Nacional de Fiscalização Aduaneira, identificando práticas como contrafação, subvaloração de mercadorias e interposição fraudulenta de documentos.
Resultados e impactos econômicos
As operações resultaram na maior apreensão de mercadorias da história da Alfândega de Fortaleza, além da elaboração de autos de infração que totalizaram mais de R$ 30 milhões. Segundo a Receita, as medidas impediram a entrada irregular de milhares de toneladas de produtos contrafeitos, fortalecendo a proteção da indústria nacional e do mercado consumidor.
Desafios e resistência nas fiscalizações
Durante as fiscalizações, fiscais contraíram ameaças e tentativas de interferência, incluindo a circulação de notícias falsas com o objetivo de descredibilizar a Receita. Em resposta, a Operação Fortaleza foi lançada para reforçar as equipes de fiscalização, garantindo a continuidade das ações de forma segura e firme.
Integração e fortalecimento institucional
A Receita Federal destacou que as operações Snooker e Fortaleza reforçam a importância da coordenação entre a Receita, Polícia Federal e Ministério Público no combate às organizações criminosas de forte influência econômica e política. Fonte