As ações da Oracle continuam em alta nesta quinta-feira (11), após uma sequência de recordes que elevam o valor de mercado da companhia para cerca de R$ 4,9 trilhões (US$ 922 bilhões). A empresa, fundada por Larry Ellison, se aproxima de ingressar no seleto “clube do trilhão”, uma marca alcançada por gigantes como Apple e Microsoft. A valorização está relacionada ao desempenho do setor de tecnologia e às crescentes demandas por soluções em nuvem e inteligência artificial.
Reforço do crescimento e recordes no mercado de ações
Na manhã de hoje, por volta das 8h45, a ação da Oracle operava a US$ 334,75 (aproximadamente R$ 1.809), registrando uma alta de quase 2% no pré-mercado de Nova York. Com esse desempenho, a companhia fundada em 1977 na Califórnia atingiu US$ 922 bilhões em valor de mercado, chegando a US$ 969 bilhões (R$ 5,2 trilhões) após o fechamento do dia anterior — um aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano passado.
Na quarta-feira, as ações da Oracle encerraram o dia cotadas a US$ 35,95, impulsionando o valor de mercado para um recorde de US$ 933 bilhões (R$ 5 trilhões). A expectativa é que a companhia ultrapasse, oficialmente, a marca de US$ 1 trilhão nos próximos meses, tornando-se uma das poucas empresas de tecnologia com essa classificação.
Resultados financeiros e foco em inteligência artificial
No último trimestre, a Oracle apresentou receita de US$ 14,93 bilhões (R$ 80 bilhões), aumento de 12% em relação ao mesmo período do ano anterior, embora tenha registrado um lucro ajustado de US$ 1,47 por ação, um pouco abaixo das estimativas de US$ 1,48. Mesmo assim, a companhia consolidou um crescimento robusto impulsionado pelo fortalecimento no mercado de nuvem e inteligência artificial.
A empresa anunciou a assinatura de quatro grandes contratos bilionários, elevando o valor de receita contratada ainda não reconhecida (RPO) para US$ 455 bilhões — alta de 359%. Segundo a CEO Safra Catz, a expectativa é alcançar um RPO superior a US$ 500 bilhões, com a assinatura de novos clientes de grande porte.
Percurso em direção ao “clube do trilhão”
O sucesso no setor de tecnologia, especialmente na nuvem, reforça sua competitividade frente a rivais como Amazon, Microsoft, Google e Nvidia. A Oracle tem investido fortemente para expandir sua capacidade de processamento, assinando acordos estratégicos, como o recente com a OpenAI — responsável pelo ChatGPT — para fornecer 4,5 gigawatts de capacidade em data centers.
Segundo especialistas, a alta demanda por serviços de nuvem e IA será o motor do crescimento da Oracle nos próximos anos, consolidando sua posição no mercado mundial. De acordo com analistas da Bloomberg, o patrimônio de Larry Ellison, que detém 41% da empresa, alcançou US$ 104 bilhões (R$ 546,6 bilhões), colocando-o próximo de se tornar o primeiro bilionário do setor a atingir o limite de US$ 1 trilhão de fortuna.
Quem é Larry Ellison
Nascido em Nova York em 1944, Ellison foi adotado ainda bebê por seus tios devido a problemas de saúde da mãe biológica. Cresceu na zona sul de Chicago e, após abandonar os estudos na Universidade de Illinois e na Universidade de Chicago, mudou-se para a Califórnia, onde trabalhou na Ampex, sua primeira experiência com bancos de dados. Em 1977, cofundou a Oracle, pioneira em bancos de dados relacionais. Desde então, lidera a empresa como presidente do conselho e diretor de tecnologia, além de possuir 41% de suas ações.
Ellison também é conhecido pelo estilo de vida luxuoso, com investimentos em esportes, imóveis e iates. Em 2012, adquiriu 98% da ilha de Lanai, no Havaí, por US$ 300 milhões, e foi membro do conselho da Tesla até 2022. Sua fortuna, solidificada pelo sucesso da Oracle, é um símbolo do impacto dos negócios em tecnologia na economia global.
Com os números de hoje, a Oracle avança ainda mais na busca de seu lugar no “clube do trilhão”, um grupo cada vez mais cobiçado pelas gigantes da tecnologia.
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