Brasil, 11 de setembro de 2025
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Reviravolta no julgamento de Bolsonaro pode depender de 2026

A virada no processo de Bolsonaro está ligada a uma possível vitória da direita nas eleições de 2026, segundo especialistas.

Recentemente, o ministro Luiz Fux, ao acatar argumentos da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro, abriu portas para a possibilidade de reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o processo da trama golpista. Isso levantou discussões sobre a situação política que poderá influenciar o desfecho dessa questão, principalmente em função das próximas eleições.

A situação atual do Supremo e suas implicações

Atualmente, o STF tem uma composição que, de maneira geral, demonstra posicionamentos contrários aos interesses de Bolsonaro. Há uma maioria que acredita na responsabilidade do ex-presidente pelas ações que desencadearam o golpe de Estado, ocorrido em 8 de janeiro de 2023. O fato de Fux ter votado em favor de um julgamento que pode ser considerado nulo, porém, traz esperança aos apoiadores de Bolsonaro, que enxergam um caminho para reverter a condenação, mas com ressalvas.

Para que essa mudança de rumo seja viável, a direita precisaria conquistar o Palácio do Planalto ou o Senado nas eleições de 2026. Com um novo presidente alinhado a Bolsonaro, a nomeação de novos ministros para o STF poderia alterar a dinâmica do tribunal, tornando possível uma decisão mais favorável ao ex-presidente.

Instrumentos legais ao alcance da defesa

Entre os instrumentos legais disponíveis que poderiam ser empregados para questionar a decisão do STF, a revisão criminal se destaca. Essa ferramenta é utilizada quando surgem novos fatos ou quando se verifica uma violação de norma legal pertinente ao processo. No caso de Bolsonaro, advogados da defesa acreditam que, com a imensidão de dados digitais coletados durante a investigação, é possível que apareçam novas evidências que possam mudar o entendimento do tribunal.

Apesar de haver essa possibilidade, as atuais circunstâncias no Supremo não apontam para uma aceitação dessas nulidades. O plenário do STF tem uma maioria definida contra Bolsonaro, de modo que, mesmo que novos fatos surjam, a reciclagem do caso dependeria de um novo equilíbrio de forças dentro da corte.

O papel das eleições de 2026

A relação entre o Supremo e a política é complexa, e as eleições de 2026 estão se aproximando rapidamente, oferecendo a chance de reconfigurar a composição do STF. Três ministros se aposentam compulsoriamente nos próximos anos, e o futuro presidente poderá nomear seus sucessores — todos devem ser indicados em função de preferências políticas que podem favorecer o bolsonarismo.

Se a direita voltar ao poder e ganhar as eleições no próximo ciclo, isso pode ser um divisor de águas. Com um novo presidente que formule nomeações compatíveis com os interesses de Bolsonaro, estabelece-se um novo cenário que poderia levar ao que muitos chamam de “virada de mesa” no processo que envolve o ex-presidente.

Pressões políticas e o futuro do impeachment

Outro fator a ser considerado é que, se o PL ou a direita obtiverem a maioria no Senado, a viabilidade de um impeachment, que atualmente parece impossível, poderia ganhar força. Essa pressão política, somada à composição do STF e à estrutura governamental, poderia contribuir significativamente para um novo cenário onde a reversão da condenação de Bolsonaro se torna mais plausível.

Entretanto, vale ressaltar que, atualmente, nenhuma dessas condições está consolidada. O panorama está em constante mudança, e a história da política brasileira já mostrou que reviravoltas são possíveis, mesmo quando parecem improváveis.

Precedentes no Supremo

Historicamente falando, o Supremo já cancelou processos com base em decisões anteriores que mudaram radicalmente. Um dos exemplos mais notáveis foi o anulação das condenações de Lula, que, mesmo após ampla aceitação inicial, teve seu caso reavaliado e considerado injusto num novo contexto. Tais acontecimentos relembram que a política e a justiça estão interligadas e suscetíveis a mudanças rápidas.

Hoje, a expectativa girando em torno do processo de Bolsonaro está intimamente conectada com o cenário político que se desenha para 2026. Por enquanto, tudo que resta é observar as movimentações no tabuleiro da política brasileira enquanto se aproxima a data das eleições.

Com isso, bolsonaristas acreditam na possibilidade de uma reviravolta, com o ministro Fux já apontando o precedente da necessidade de reconsiderações em julgamentos que podem ter se tornado disfuncionais através do tempo e contexto político. Assim, o futuro de Bolsonaro, no campo legal, continua a ser uma incerteza, e tudo depende dos próximos passos no cenário político brasileiro.

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