Os senadores Charles Grassley, Josh Hawley e Marsha Blackburn envios uma carta a Mark Zuckerberg nesta semana pedindo explicações sobre possíveis violações de segurança na Meta. Os parlamentares querem saber se a empresa violou um acordo com reguladores federais ao permitir vulnerabilidades no WhatsApp sem informar acionistas e o público.
Reclamações de falhas de segurança e acesso de funcionários
A carta foi enviada logo após o ex-chefe de segurança do WhatsApp processar a Meta, alegando que milhares de funcionários tinham acesso a dados sensíveis de cerca de 3 bilhões de usuários. Segundo Attaullah Baig, o aplicativo estaria sob risco de um \”ataque de grande escala\” para roubo de informações, e ele teria alertado Zuckerberg sobre essas vulnerabilidades, mas sem sucesso.
Resposta da Meta às acusações
A Meta rebateu as alegações, afirmando que as informações apresentadas por Baig estavam incorretas. Em nota, o porta-voz Andy Stone declarou que os sistemas de segurança da empresa são eficazes e que estão passando por melhorias contínuas. A gigante de tecnologia também destacou que, desde 2020, vem adotando medidas para reforçar a privacidade e segurança dos seus sistemas.
Investigações e acordos anteriores
Em 2020, a Meta fechou um acordo de US$ 5 bilhões com a Comissão Federal de Comércio (FTC), após permitir que a consultoria política Cambridge Analytica acessasse dados de usuários sem consentimento. Como parte do acordo, a companhia comprometeu-se a reforçar a segurança e limitar o acesso interno às informações dos usuários.
Questões sobre o funcionamento na China e espionagem
Os senadores também solicitaram esclarecimentos sobre possíveis planos da Meta de atuar na China, incluindo um documento de 2015 que detalha uma tentativa de criar uma versão censurada do Facebook, batizada de “Projeto Aldrin”. A resposta da Meta foi que a empresa não oferece seus serviços na China atualmente, e que essas discussões ocorreram na década passada.
Impacto para a privacidade e segurança digital
A carta dos legisladores destaca a importância de transparência, especialmente em relação às possíveis vulnerabilidades que colocam os dados pessoais de milhões de usuários em risco. Além disso, os senadores pedem que Zuckerberg esclareça se houve tentativas de invasão nos servidores do WhatsApp.
Segundo informações de fontes internas, a Meta continuou sob investigação após revelações de que a empresa tinha planos de ampliar sua relação com o governo chinês, apesar dos riscos associados à privacidade e à segurança. A discussão acontece em meio a um cenário de crescente preocupação com a proteção dos dados na era digital.
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