O Tribunal de Contas da União (TCU) definiu um prazo de 180 dias para que o Ministério da Casa Civil apresente informações detalhadas sobre as obras do Novo Plano de Aceleração do Crescimento (Novo PAC). A determinação foi feita em sessão plenária na quarta-feira, 10 de setembro. O objetivo é garantir maior transparência e eficiência na execução das obras que envolvem investimentos significativos.
Informações exigidas pelo TCU
Na solicitação, o TCU demanda que o Ministério da Casa Civil apresente uma série de dados cruciais para a avaliação das obras. Entre as informações requeridas estão: valores totais dos investimentos, cronogramas das obras, porcentuais de execução, etapas já concluídas e a previsão de término das obras. A busca por maior clareza é uma tentativa de assegurar que os recursos públicos sejam utilizados de forma adequada e que os projetos estejam dentro do cronograma.
Além dos dados financeiros, o TCU também requer indicadores de desempenho que demonstrem a avaliação do progresso das obras. Isso inclui informações sobre a execução física, se os prazos estão sendo respeitados e a aderência aos orçamentos estabelecidos. A falta de transparência em projetos dessa magnitude tem sido um ponto crítico que o Tribunal está buscando corrigir.
Avaliação das fontes de financiamento
Outro aspecto que o TCU deseja que seja esclarecido pelo Ministério da Casa Civil diz respeito às fontes de financiamento de cada um dos empreendimentos contemplados no Novo PAC. A construção de um panorama claro sobre como as obras são financiadas é essencial para garantir que os investimentos sejam sustentáveis e que a população tenha confiança na gestão dos recursos públicos.
O tribunal também solicita que o ministério explique os critérios utilizados para a inclusão de projetos no programa. Seja para iniciativas que foram aprovadas pelo Comitê Gestor (CGPAC) ou para aquelas selecionadas pela modalidade PAC Seleções, o TCU quer garantir que haja critérios claros e justos na definição das prioridades de investimento.
Sugerindo um sistema informatizado
Como sugestão, o TCU propôs a criação de um sistema informatizado que reúna informações detalhadas sobre os mais de 20 mil empreendimentos que fazem parte do Novo PAC. Este sistema poderia facilitar o acompanhamento por parte da sociedade e das autoridades competentes, tornando mais transparente todo o processo de execução das obras.
Além disso, a recomendação do Tribunal pode impactar diretamente na mobilidade urbana dos municípios, uma vez que foi sugerido que apenas aqueles que já possuam um plano de mobilidade aprovado possam participar das seleções de obras. Essa medida já está prevista na Lei 12.587 de 2012 e tem como objetivo promover um desenvolvimento urbano mais sustentável e estruturado.
Importância da transparência nas obras públicas
A determinação do TCU é um reflexo da crescente demanda por maior transparência na gestão pública, especialmente em tempos em que a responsabilidade fiscal e a eficiência na aplicação de recursos públicos são mais importantes do que nunca. O Novo PAC visa impulsionar a infraestrutura do Brasil, mas para que isso aconteça de maneira efetiva, é fundamental que haja um acompanhamento rigoroso e uma prestação de contas clara à sociedade.
Com o prazo estabelecido, espera-se que o governo atenda às exigências do TCU, garantindo que o Novo PAC não seja apenas uma promessa, mas sim um programa que traga resultados efetivos e visíveis para a população. A expectativa agora é que as informações requisitadas sejam apresentadas em tempo hábil, permitindo que as obras possam avançar de maneira organizada e transparente.
A atenção crescente do TCU sobre esses aspectos reflete um compromisso com o bem-estar da população e a necessidade de que todas as esferas do governo operem em estrita conformidade com as leis e com a responsabilidade de dar contas sobre o uso do dinheiro público.