Brasil, 11 de setembro de 2025
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Ministro Moraes nega acesso contínuo à casa de Bolsonaro

Decisão impede visitas regulares a ex-presidente e traz incertezas políticas para o PL.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), indeferiu o pedido feito pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que solicitava acesso contínuo de seis aliados à casa onde o ex-mandatário cumpre prisão domiciliar em Brasília. A decisão destaca não apenas a rígida supervisão judicial necessária nesse tipo de pena, mas também acende questionamentos sobre o futuro político do Partido Liberal (PL) diante desse cenário.

Decisão sobre visitas à prisão domiciliar

Entre os nomes que a defesa de Bolsonaro queria que tivessem acesso sem restrições estavam figuras proeminentes como o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, o vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (RJ), e o senador Rogério Marinho (RN). Contudo, Moraes determinou que as visitas precisam ser autorizadas e autorizou apenas visitas específicas, incluindo a dos senadores Carlos Portinho (RJ) e Marcos Rogério (TO) em datas previamente agendadas.

O ministro destacou em sua decisão que “a prisão domiciliar é uma medida intermediária” que continua restringindo a liberdade individual. Com isso, ele reforçou a necessidade de um controle judicial para evitar a visitação descontrolada por pessoas não familiares ao réu. “Indefiro o pedido, devendo os pedidos de visitação serem formulados de maneira individualizada e específica”, afirmou Moraes.

Impacto das decisões no PL e na saúde de Bolsonaro

A decisão do juiz ocorre em um momento crítico tanto para a saúde do ex-presidente quanto para as movimentações políticas do PL. Desde que Bolsonaro começou a cumprir sua prisão domiciliar no mês passado, ele tem recebido visitas com frequência controlada, ao passo que, por questões de saúde, também recebeu cuidados médicos. A análise da concessão de visitas continua sendo feita de caso a caso pelo magistrado.

As incertezas quanto ao acesso contínuo à casa de Bolsonaro também têm levado caciques do PL a realizar pedidos individuais para tratar de assuntos relacionados ao partido. Por exemplo, Valdemar Costa Neto já solicitou uma nova reunião com Bolsonaro para discutir estratégias eleitorais. O ex-presidente, por sua vez, expressou a necessidade de definir candidaturas em estados-chave como São Paulo, onde o cenário eleitoral está em constante mudança e conflitos entre candidatos estão em evidência.

Candidaturas em disputa

No contexto das eleições, pelo menos quatro estados, incluindo São Paulo, estão em foco por causa das consecutivas definições que precisam ser tomadas. O nome de Guilherme Derrite (PP), secretário de Segurança no governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), é considerado certo para uma composição na chapa da direita em São Paulo. No entanto, a escolha do companheiro de chapa ainda é debatida entre diferentes tendências dentro do partido, que tenta alinhar apoio popular e garantir mais palanques para as próximas eleições.

Bolsonaro também vê com simpatia a possibilidade de aliança com Cezinha de Madureira (PSD), buscando atrair eleitores do centro. Essa opção, no entanto, contrasta com as preferências de algumas alas do PL que acreditam que é mais seguro permanecer com aliados tradicionais, como o deputado Marco Feliciano, também do PL.

Informações sobre possíveis novos aliados

As escolhas não se limitam a São Paulo. Em Santa Catarina, está prevista a candidatura de Carlos Bolsonaro (PL), que pode mudar seu domicílio eleitoral. Porém, a definição para a segunda vaga ao Senado continua em discussão, com o senador Esperidião Amin (PP) emergindo como favorito contra a deputada Carolina de Toni (PL).

O cenário é igualmente competitivo atualmente em outros estados como Minas Gerais e Mato Grosso, onde nomes de diferentes partidos disputam atenção e apoio do ex-presidente. Enquanto os deputados Domingos Sávio e Eros Biondini competem por uma vaga ao Senado em Minas, em Mato Grosso, Mauro Mendes (União) parece ter preferência, mas a disputa por apoio entre José Medeiros e Janaína Riva se intensifica.

Conclusão

Apesar das incertezas à volta do acesso à residência de Bolsonaro e seu estado de saúde, a estratégia eleitoral do PL parece continuar a girar em torno do ex-presidente. Os encontros e decisões organizadas em meio à prisão domiciliar refletem a importância de Bolsonaro na composição de candidaturas e no alinhamento de forças que podem ser decisivas para o futuro político do partido. Com as eleições se aproximando, o PL enfrenta a pressão de decidir rapidamente e com precisão seus nomes em um cenário altamente dinâmico e desafiador.

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