Brasil, 11 de setembro de 2025
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Brasil isenta exportação de celulose dos EUA de tarifas de Trump

Vendas brasileiras de celulose para os EUA ficaram livres da tarifa de 10% após mudanças na lista de bens excluídos pela Casa Branca

As exportações de celulose do Brasil para os Estados Unidos estão isentas da tarifa de 10% adotada pelo governo norte-americano em abril, conforme anúncio feito pela Casa Branca na última sexta-feira. A decisão, decorrente de modificações na lista de bens excluídos do tarifão, favorece o principal produto brasileiro no mercado internacional.

Alterações nas tarifas americanas de celulose

A nova ordem executiva publicada pela Casa Branca alterou a lista de produtos que não estão sujeitos às tarifas recíprocas de 10%. Segundo o Instituto Brasileiro de Árvores (Iba), que representa os fabricantes de celulose, três códigos relativos à celulose e seus derivados, responsáveis por aproximadamente 90% das vendas brasileiras ao mercado norte-americano, foram colocados na lista de exceções.

A celulose do Brasil, que já estava isenta da sobretaxa adicional de 40% introduzida por Trump em julho, saiu também da tarifa de 10% que entrou em vigor em abril. A atualização na lista de produtos foi publicada em três anexos do decreto, colocando uma extensa classificação de bens de comércio exterior americana fora do alcance das tarifas.

Brasil, maior fornecedor mundial de celulose

Segundo dados do Iba, o Brasil lidera o ranking mundial como maior fornecedor de celulose, especialmente na produção de fibra curta, empregada na fabricação de papel branco, de higiene e de limpeza, como fraldas, papel toalha e papel higiênico. Até agosto deste ano, as exportações brasileiras de celulose acumularam US$ 6,9 bilhões, um aumento de 1,4% em relação ao mesmo período de 2024, conforme dados do Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).

Apesar da queda nos preços globais do insumo, as vendas externas brasileiras tiveram crescimento de 15,6% em quantidade na comparação anual, reforçando a resistência do setor diante do cenário internacional.

Impacto das mudanças nas exportações brasileiras de celulose

A exclusão da celulose da lista das tarifas de Trump deve fortalecer ainda mais a competitividade do produto brasileiro no mercado americano, que é um dos principais destinos das vendas externas. Especialistas avaliam que essa alteração pode impulsionar o crescimento das exportações e potencializar a presença do Brasil na indústria de papel e derivados.

O Iba confirmou que a retirada da tarifa recíproca beneficia as vendas de celulose brasileira aos EUA, facilitando a negociação e o aumento de negócios entre as duas nações. Esse movimento também faz parte de uma estratégia brasileira de diversificação de mercados, visto que, após o tarifão de Trump, o Brasil passou a vender menos café aos EUA e dobrou seus embarques para o México, segundo dados recentes.

Próximos passos e perspectivas

A Casa Branca deve publicar em breve uma portaria detalhando as alterações. Além disso, o setor de celulose espera que a decisão permita maior estímulo às exportações brasileiras, consolidando o Brasil como polo global de fornecimento desse insumo.

Para o futuro, a expectativa é de que a manutenção da isenção facilite o crescimento contínuo das vendas internacionais e fortaleça a competitividade do setor de papel e celulose brasileiro no cenário mundial.

Fonte: Globo News

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