Brasil, 10 de setembro de 2025
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Ministro Flávio Dino pede investigação por ameaças nas redes sociais

O ministro Flávio Dino, do STF, solicita apuração das ameaças recebidas após seu voto pela condenação de réus da trama golpista.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, solicitou uma investigação à Polícia Federal devido a ameaças recebidas pelas redes sociais. As coações, segundo o magistrado, aumentaram significativamente após os recentes eventos no Nepal, destacando a gravidade da situação e a “necessidade de atuação das autoridades competentes”. O pedido de investigação ocorre no contexto de seu voto pela condenação de oito réus, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, envolvidos na trama golpista.

A gravidade das ameaças recebidas

Em nota oficial, o gabinete do ministro Flávio Dino ressaltou que as ameaças incluem “milhares de postagens em redes sociais, incentivando ataques letais aos ministros e seus familiares, bem como a destruição da Sede do STF”. Por isso, ele exige que a Polícia Federal adote todas as medidas necessárias para identificar os responsáveis por essas ameaças graves.

O papel do STF na condenação dos réus

Na última terça-feira, Dino votou pela condenação de Jair Bolsonaro, ex-ministro Braga Netto e mais seis réus envolvidos na tentativa de golpe. O ministro apontou que, embora alguns ministros, como Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira, tivessem um envolvimento menor, ainda assim serão avaliados os seus papéis nas investigações. A definição das penas será abordada em uma fase posterior do julgamento, caso a decisão da Primeira Turma leve à condenação.

Contexto e repercussões do voto de Dino

Flávio Dino criticou as declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que acusou Alexandre de Moraes de promover uma “tirania”. Dino defendeu que tanto Bolsonaro quanto Braga Netto eram os principais líderes na tentativa de golpe, afirmando que a Constituição brasileira impede a anistia de crimes contra a democracia.

Antes do voto do ministro, o relator do caso, Alexandre de Moraes, já havia se manifestado favorável à condenação de todos os acusados apresentados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O impacto das crises internacionais

Neste contexto, o Nepal enfrentou protestossem precedentes, liderados pela chamada “Geração Z”. As manifestações são uma resposta à desigualdade social, corrupção e restrições nas redes sociais impostas pelo governo. Em poucos dias, a capital Katmandu se transformou em um campo de batalha, com incêndios em prédios governamentais e agressores atacando autoridades.

A revolta no Nepal foi impulsionada pela decisão do governo de limitar o acesso às plataformas digitais, que são amplamente utilizadas pelos jovens para denunciar a ostentação da elite política em um cenário de pobreza generalizada. Atualmente, um em cada cinco nepaleses vive abaixo da linha da pobreza, com 22% da juventude desempregada. Os frequentes escândalos de corrupção e a impunidade contribuíram para a crescente mobilização popular, expondo a fragilidade de uma democracia ainda jovem, estabelecida em 2008 após a abolição da monarquia.

Considerações finais

As ameaças enfrentadas por Flávio Dino refletem um clima de tensão e polarização no Brasil, que se assemelha a casos de insurreição em outras partes do mundo, como demonstrado pelos eventos no Nepal. A necessidade de proteger as instituições e os seus representantes torna-se cada vez mais urgente, especialmente em tempos de crise e descontentamento popular.

Assim, a investigação solicitada por Dino pode ser um passo importante não apenas para garantir a segurança dos ministros do STF, mas também para reafirmar a importância do respeito à democracia e às instituições no Brasil.

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