A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) anunciou nesta semana que instaurou uma direção técnica na Unimed-Rio devido à deterioração de sua situação econômico-financeira, que impacta o atendimento aos usuários. Lenise Secchin, diretora de normas e habilitação de produtos da agência, explicou que a medida é necessária para garantir a continuidade dos serviços.
Reunião com o Ministério Público para buscar soluções
Durante seminário na Fundação Getúlio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro, Lenise declarou que será realizada uma reunião na próxima semana com o Ministério Público, visando uma atuação conjunta para resolver os problemas da cooperativa. “Temos um termo de compromisso com o MP e precisamos encontrar uma solução que restabeleça a transparência e a estabilidade financeira da operadora”, afirmou.
Histórico da crise e impacto nos profissionais
No ano passado, a Unimed-Rio transferiu sua carteira de clientes para a Unimed Ferj, após um acordo firmado com a própria ANS, o Ministério Público e a Defensoria Pública. Os médicos cooperados da Rio continuam atendendo os beneficiários, enquanto a Ferj recebe as mensalidades e realiza os repasses aos profissionais.
Contudo, os médicos relatam atrasos sistemáticos nos pagamentos, o que tem causado a diminuição da rede credenciada. Muitos profissionais têm fechado consultórios ou recusado atendimentos devido à falta de previsibilidade dos honorários, aumentando a fragilidade do atendimento aos beneficiários.
Preocupações com transparência e dívidas
Outro ponto de preocupação entre os profissionais é a falta de transparência nos dados financeiros da cooperativa, o que os leva a temer a assunção de dívidas na casa dos milhares de reais. A crise, além de prejudicar o atendimento, coloca em risco a sustentabilidade do modelo cooperativo da Unimed-Rio.
Próximos passos e perspectivas
A reunião entre ANS, Ministério Público e a Unimed-Rio busca definir ações emergenciais para estabilizar a cooperativa e garantir o pagamento dos honorários. O desfecho do processo é aguardado com ansiedade por médicos e usuários, que clamam por uma solução efetiva para a crise na saúde suplementar do Rio de Janeiro.
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