Medir a qualidade do ar que respiramos é essencial para evitar riscos à saúde, especialmente com o aumento de focos de incêndios florestais e a intensificação de poluentes atmosféricos. Desde dispositivos pessoais, como o AirBeam de George Thurston, até índices oficiais, há várias formas de monitorar a segurança do ar ao seu redor.
Como funciona a avaliação da qualidade do ar
O índice de qualidade do ar (AQI, na sigla em inglês) é uma ferramenta utilizada para informar se o ar está seguro para atividades ao ar livre. Dispositivos como o AirBeam, usado por Thurston, exibem a concentração de partículas poluentes, como o material particulado 2.5 (PM2.5), que representa uma das maiores ameaças à saúde.
Apesar de ajudarem na medição, há diferenças entre os dados fornecidos por monitores caseiros, que podem ser influenciados por fatores específicos da localidade, e os registros de estações oficiais, construídas pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA). “Os diferentes fluxos de dados têm suas próprias viés e suposições”, afirma Makoto Kelp, professor de ciências atmosféricas na Universidade de Utah.
Riscos do material particulado PM2.5
O PM2.5 é uma partícula extremamente fina, capaz de penetrar profundamente no organismo, atingindo os pulmões e chegando à corrente sanguínea. Sua presença elevadas está relacionada a doenças cardiovasculares, câncer e comprometimento cognitivo.
Impactos na saúde e na longevidade
Estudos demonstram que cada redução na quantidade de partículas no ar faz diferença na proteção à saúde. Haneen Khreis, da Universidade de Cambridge, destaca que, para cada aumento de 10 microgramas de PM2.5 por metro cúbico, o risco de desenvolver demência sobe em 17%. “Cada redução na poluição importa”, afirma Khreis.
Como proteger-se da poluição do ar
Para quem deseja evitar a exposição excessiva, é importante consultar os índices de qualidade do ar antes de sair. Monitoramentos pessoais, como o AirBeam, oferecem uma avaliação em tempo real, enquanto aplicativos do governo e estações de medição ajudam a acompanhar os níveis gerais na região.
Especialistas recomendam também restringir atividades ao ar livre em dias com alta concentração de partículas poluentes, especialmente para grupos vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com condições respiratórias ou cardíacas.
Perspectivas para a saúde pública
Com a crescente frequência de incêndios e a elevação dos níveis de poluição, torna-se fundamental aprimorar os métodos de monitoramento e comunicação dos riscos ao público. Uso de dispositivos pessoais e maior transparência nas informações oficiais podem ajudar a reduzir os impactos à saúde, mantendo a população informada e protegida.
