No último dia 9 de setembro, executivos de emissoras de televisão da Bahia se reuniram na sede da TV Aratu, em Salvador, para discutir os desafios e as oportunidades que a TV aberta enfrenta com as transformações tecnológicas e o avanço da desinformação, especialmente com a proliferação de fake news. A reunião contou com a presença do secretário de Comunicação da Bahia, Marcos Vinícius Di Flora, e representantes de quatro dos principais grupos de mídia do estado.
Importância da TV aberta na era digital
Os participantes da reunião, incluindo Guilherme Lopes, diretor de Relações Institucionais da Rede Bahia; Marcos Machado, presidente da Rede Bahia; Ana Coelho, CEO da TV Aratu; Carlos Alves, diretor da Record Bahia; e Augusto Correia Lima, diretor regional Norte-Nordeste do Grupo Bandeirantes de Comunicação, destacaram a importância da TV aberta como um instrumento de informação com credibilidade. Em tempos de notícias falsas circulando nas redes sociais, fortalecer a confiabilidade da televisão é crucial para o acesso da população à informação.
Desafios da desinformação
A discussão também enfocou a necessidade de estratégias para que a televisão mantenha um papel central e relevante na disseminação da informação. O crescimento das redes sociais e a rapidez com que as fake news se espalham são desafios constantes que precisam ser enfrentados para preservar a integridade do setor. Os executivos enfatizaram a importância de uma resposta rápida e eficaz de emissoras locais para garantir que a informação verdadeira chegue ao público.
Nova era da televisão no Brasil
As discussões ocorrem em um contexto de grandes mudanças no cenário nacional de comunicação. No dia 27 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que reglamenta a nova geração da televisão aberta no Brasil, conhecida como TV 3.0. A expectativa é que esse novo modelo comece a funcionar no primeiro semestre de 2026, inicialmente nas capitais, trazendo novas possibilidades como interatividade, qualidade de imagem superior e integração com a internet.
Interatividade como diferencial
Com a TV 3.0, será possível que o telespectador participe de enquetes em tempo real, compre produtos pelo controle remoto e até acesse serviços públicos diretamente pelo aparelho de TV, como Detran e a plataforma Gov.BR. Esse avanço representa uma verdadeira revolução na forma como o público consome informação e entretenimento.
Fortalecimento das emissoras locais
Os executivos presentes na reunião de Salvador concordaram que a modernização da televisão deve ser acompanhada por um fortalecimento das emissoras locais, que desempenham um papel essencial na produção de conteúdo regionalizado e no combate à desinformação. A proposta é que, à medida que a transição para a TV 3.0 aconteça de forma gradual, sendo prevista uma duração de até 15 anos para atingir todo o território nacional, reuniões como a de Salvador sirvam como uma plataforma para discutir e traçar caminhos sobre como o setor de comunicação pode se preparar para esta nova era.
Expectativas para o futuro
Enquanto essa transformação não chega, o desafio será como os veículos de comunicação poderão se adaptar e se modernizar para manter a audiência e a relevância. A reunião realizada em Salvador demonstra um passo positivo para coesão e colaboração entre as emissoras de TV na Bahia, em um esforço conjunto para enfrentar os novos desafios impostos pela tecnologia e pela desinformação.
Acompanhar as mudanças e inovações que a TV 3.0 trará, assim como a necessidade de integrar as emissoras locais à nova realidade, é fundamental para garantir que a televisão continue a ser um meio de informação confiável e acessível para todos os brasileiros.
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