Brasil, 10 de setembro de 2025
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Defesa de Jair Bolsonaro aguarda desdobramentos sobre condenação

A defesa de Jair Bolsonaro quer esperar o término do julgamento para discutir a possibilidade de prisão domiciliar.

O advogado de Jair Bolsonaro, Paulo Bueno, afirmou que a defesa do ex-presidente prefere aguardar o resultado do julgamento em curso na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) antes de discutir qualquer possibilidade de prisão domiciliar, caso Bolsonaro seja condenado pela trama golpista. O julgamento, que tem atraído a atenção da sociedade brasileira, retoma nesta quarta-feira com o voto do ministro Luiz Fux, que já é fundamental para a formação da maioria na Corte.

Movimentos no julgamento

Durante sua chegada ao STF, Bueno enfatizou a intenção de esperar o final do dia para avaliar as próximas ações. “Vamos esperar o fim do dia”, declarou, ressaltando a cautela da defesa em torno das movimentações judiciais que envolvem seu cliente. No momento, o placar encontra-se em 2 a 0 pela condenação dos réus, e a expectativa gira em torno do voto de Fux. Embora tenha uma posição divergente em relação aos pareceres do ministro Alexandre de Moraes ao longo do processo, Fux possui a responsabilidade de influenciar significativamente o resultado final.

O julgamento, que gira em torno de acusações de tentativa de golpe e a participação de aliados de Bolsonaro, pode culminar em uma decisão majoritária. Se Fux votar a favor da condenação, isso significaria um passo importante contra um dos últimos líderes do governo anterior que permanece ativo na política brasileira.

Controvérsias nas delações

A defesa de Bolsonaro tem questionado a credibilidade das delações feitas por Mauro Cid, ex-auxiliar de ordens do ex-presidente. Bueno afirmou, em entrevista, que “a delação do Cid não deveria existir; ele é um mentiroso”. Essa declaração reflete a estratégia da defesa em desacreditar as informações apresentadas por Cid, que poderia ter um papel crucial nas alegações contra Bolsonaro e seus aliados.

Cid, que colaborou com a Justiça através de um acordo de delação premiada, tem sido alvo de discussões no âmbito do julgamento. O ministro Luiz Fux já indicou que considera haver omissões relevantes em seus testemunhos, referindo-se às declarações como “delações independentes”, sugerindo uma falta de coerência que pode impactar a credibilidade do material apresentado. Essa análise pode influenciar o voto de Fux, que busca avaliar o peso probatório das colaborações realizadas.

Debates no STF

Na sessão anterior do julgamento, o ministro Moraes rechaçou a análise de Fux, afirmando que, ao contrário do que foi apontado, não há apenas “oito delações de Cid”, mas sim um conjunto consistente de elementos que reforçam as acusações direcionadas a Bolsonaro e seus apoiadores. Essa disputa sobre a interpretação das provas e a qualidade das delações provavelmente será central no voto que está por vir.

Com o clima tenso e as partes envolvidas aguardando ansiosamente o desfecho, o STF não apenas se torna o palco de um importante julgamento político, mas também reflete as divisões sociais e as expectativas de um país em busca de justiça e accountability entre seus líderes.

A expectativa para o capítulo seguinte deste processo continua a crescer, com muitos brasileiros atentos aos desdobramentos e às implicações que este julgamento poderá ter sobre o futuro político do Brasil. Enquanto isso, a defesa de Bolsonaro se mantém em uma posição calculada, buscando navegar um cenário jurídico complexo e potencialmente desfavorável.

Com a decisão programada para ser anunciada em breve, o olho do público e da mídia estará voltado para o Supremo Tribunal Federal e o impacto que as delações e a possível condenação de Jair Bolsonaro terão sobre a política nacional.

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