Brasil, 10 de setembro de 2025
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Deflação é esperada no IPCA de agosto, segundo especialistas

Índice que mede a inflação deve registrar queda pela primeira vez em 2023, impactado pela energia elétrica.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), crucial para medir a inflação no Brasil, está prestes a registrar sua primeira deflação em 2023, conforme especialistas do mercado financeiro. Os dados alcançarão os brasileiros nesta quarta-feira (10/9), com a divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Queda do IPCA e seu impacto

Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), uma prévia do IPCA oficial, mostrou uma redução de 0,14%. Este resultado foi impulsionado principalmente pela significativa queda de 4,93% na tarifa de energia elétrica residencial, devido ao Bônus de Itaipu incluído nas faturas de agosto. Essa deflação apresentada sinaliza um novo cenário econômico, especialmente para os consumidores que dependem de serviços essenciais.

A deflação, conceito contrário à inflação, ocorre quando os preços de bens e serviços caem, refletindo uma possível recuperação econômica em um país que, nos últimos anos, enfrentou crises e aumento de preços. Com a bandeira tarifária vermelha patamar 2 vigendo, que adiciona R$ 7,87 na conta a cada 100 kWh consumidos, a expectativa é de que o resultado de agosto traga alívio ao bolso do consumidor.

O que é o IPCA?

O IPCA é um índice elaborado pelo IBGE desde 1979 e é considerado o termômetro da inflação brasileira. Ele serve como referência para o Banco Central decidir sobre a taxa básica de juros, a Selic, atualmente fixada em 15% ao ano. O índice mede as variações mensais de preços em uma cesta de produtos e serviços, abrangendo quase 90% da população urbana do Brasil. Categorias como transporte, alimentação, saúde, educação e habitação estão entre os itens avaliados.

Expectativas para o futuro

O mercado financeiro está relativamente otimista quanto à trajetória da inflação. Projeções feitas pela Warren Investimentos indicam uma deflação de -0,17% para agosto, prevendo que a taxa inflacionária anual deve desacelerar de 5,23% em julho para 5,17% este mês. O relatório da Warren aponta que, em termos mais longos, espera-se que a inflação se estabilize em 4,85% para 2025 e 4,50% para 2026.

De maneira mais cautelosa, o C6 Bank projeta uma variação de -0,13% para o IPCA e mantém a expectativa de alta em 5% para 2025, ajustando sua projeção para 2026 em resposta às mudanças nas condições econômicas. Felipe Salles, economista-chefe do C6, destaca que a economia não está tão aquecida quanto se pensava, o que reflete nas expectativas de inflação de serviços que se tornaram mais moderadas.

Visão do Banco Central e metas de inflação

Apesar de algumas revisões de projeção, tanto o mercado financeiro quanto o próprio Banco Central aguardam que a inflação permaneça acima da meta estabelecida para o fim de 2025. A meta, estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3%, com uma tolerância de 1,5 ponto percentual, estabelecendo um teto de 4,5%. A nova metodologia de medição será contínua e levará em conta a inflação acumulada nos últimos seis meses.

Essas otimizações na política monetária e as projeções de deflação marcam um momento delicado para a economia brasileira, que deve ser acompanhado atentamente por todos os setores. A interação entre o custo de vida e a saúde econômica do país será determinante para o futuro próximo.

Com os dados oficiais do IPCA ainda por serem divulgados, a expectativa é de que os brasileiros sigam atentos às mudanças nas condições econômicas e como isso afetará suas finanças pessoais. Oportunidades de ajuste na condução da política econômica podem abrir portas para um ambiente de consumo mais estável e favorável nos próximos anos.

O cenário que se delineia em torno da deflação gera esperanças de que, ao longo de 2023, a economia brasileira encontrará um caminho mais seguro e previsível, amparando a qualidade de vida dos cidadãos. A estabilização dos preços deve ser um fator benéfico a ser observável em um futuro próximo.

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