Brasil, 12 de setembro de 2025
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Senador Otto Alencar se opõe à anistia ampla para os envolvidos no 8 de janeiro

O presidente da CCJ do Senado, Otto Alencar, rejeita proposta de anistia ampla aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro.

O clima no Senado está tenso após os eventos de 8 de janeiro, e a proposta de anistia ampla para os envolvidos na tentativa de golpe tem gerado intensos debates. Otto Alencar (PSD-BA), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), afirmou que não pautará a votação da proposta em seu colegiado, caso ela venha a ser aprovada na Câmara. A intenção expressa pela oposição é de assegurar um perdão que incluiria, entre outros, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A proposta despertou controvérsias e repercussões no meio político, principalmente por sua possível inconstitucionalidade e o impacto sobre a democracia.

Rejeição à proposta de anistia ampla

Em declarações recentes, Alencar deixou clara sua posição contrária à anistia, destacando que não aceitará um perdão que se estenda a todos os envolvidos nas ações antidemocráticas de janeiro. Ele criticou a atitude do deputado Eduardo Bolsonaro, que condicionou seu apoio à anistia à inclusão de seu pai. O senador enfatizou: “Eu sou contra essa anistia. A Constituição traz uma vedação”, reafirmando a importância da responsabilização daqueles que atentaram contra os princípios democráticos.

Artigos alternativos e a necessidade de diferenciação

Embora Alencar rejeite a ideia de uma anistia ampla, ele se mostrou aberto à discussão de uma proposta alternativa, que visa a diferenciação das penas conforme o grau de envolvimento nos eventos. Essa ideia foi defendida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que sugere uma abordagem que permitiria penas mais leves para aqueles com participação menos relevante, enquanto os principais envolvidos, como agentes de Estado e financiadores, não teriam direito a qualquer perdão.

Responsabilidade dos envolvidos

Alencar destacou que “diferenciar os grupos é constitucional”. Segundo ele, enquanto a anistia para agentes de Estado seria inconstitucional, aqueles que participaram dos eventos de 8 de janeiro por razões financeiras poderiam ter suas punições revisadas. Esse entendimento visa garantir que os verdadeiros responsáveis por incitar a violência e as tentativas de desestabilização do governo não escapem das punições. “Os financiadores e agentes de Estado não podem ser anistiados”, enfatizou Alencar.

O PSD e as perspectivas eleitorais de 2026

O político ainda abordou como o PSD, partido do qual faz parte, se posicionará em relação ao futuro político do Brasil. Com autoridades partidárias que têm conexão com o governo Lula e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, as expectativas acerca da campanha presidencial de 2026 são um tema novo na conversa política. Alencar afirmou que Gilberto Kassab, presidente do partido, já indicou que o PSD terá um candidato, mas deixou a cargo de Alencar decidir sua posição na Bahia, onde ele expressa apoio às propostas do governo atual. “Eu gosto do governo Lula”, contou.

A responsabilidade de quem atenta contra a democracia

De maneira conclusiva, Alencar reafirmou a importância da punição para quem atenta contra a ordem democrática. Apesar das pressões e da possibilidade de aprovação de uma anistia na Câmara, sua postura permanece firme, defendendo a necessidade de se proteger a democracia e assegurar que os envolvidos nos atos de 8 de janeiro enfrentem as consequências de suas ações. “Quem atentou contra a democracia deve ser punido”, reiterou.

Com a situação política se desenrolando rapidamente, a repercussão sobre a proposta de anistia e as suas implicações sobre a democracia no Brasil continuam a ser um tema central nas discussões políticas e sociais.

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