Brasil, 9 de setembro de 2025
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CPI do INSS: Carlos Lupi nega irregularidades em depoimento

O ex-ministro da Previdência Carlos Lupi depõe à CPI do INSS, reafirmando sua inocência e aguardando justiça sobre as fraudes.

No contexto das investigações sobre irregularidades no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, apresentou um depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do órgão, onde negou envolvimento em quaisquer práticas ilegais durante seu tempo à frente do ministério. O foco de sua declaração foi o escândalo relacionado aos descontos indevidos em aposentadorias e pensões, uma questão que surgiu durante sua gestão em 2023 e 2024.

Lupi se defende e critica conivência

Durante a sua fala, Lupi foi enfático ao afirmar: “Eu não tenho qualquer condenação do Poder Judiciário. Desvios, eu nunca fiz na minha vida. Não acobertei nada ou fui conivente”. Sua postura demonstrou determinação em manter sua inocência, além de expressar seu desejo de ver os responsáveis pelas fraudes na prisão. “Espero que todos os servidores do INSS que foram coniventes com as fraudes sejam presos”, completou.

O ex-ministro não somente se apresentou como colaborador da CPI, mas também rejeitou proposta de treinamento antes do depoimento, alegando estar confortável em compartilhar sua versão dos fatos. Isso, segundo relatos, deixou membros do governo em estado de apreensão, uma vez que sua abordagem espontânea é considerada um fator imprevisível em seu desempenho.

Impacto político das investigações

A saída de Carlos Lupi do ministério, em maio, foi marcada por uma certa mágoa, já que a decisão ocorreu em um momento conturbado após o surgimento do escândalo. Apesar de não ter seu nome diretamente implicado nas investigações, a percepção pública sobre sua falta de ação para interromper os descontos indevidos levou à sua saída. Avaliações internas no Planalto indicaram que houve uma demora em responder às denúncias, mesmo diante de vários alertas apresentados.

Reconhecimento das falhas

Em entrevistas anteriores, Lupi reconheceu que houve uma lentidão em combater as fraudes, no entanto, reafirmou que não foi omisso em suas responsabilidades. Notáveis foram suas declarações de descontentamento por não ser alertado de maneira adequada sobre os problemas financeiros acarretados pelos descontos das associações.

A CPI do INSS continua investigando as irregularidades e a atuação de diversos servidores no organograma do INSS. O caso envolvendo Carlos Lupi ilustra a complexidade das questões políticas e administrativo/legais em jogo, destacando a importância de uma fiscalização intensa e proativa sobre os assuntos que afetam diretamente a vida dos cidadãos, especialmente no que diz respeito aos direitos adquiridos de aposentados e pensionistas.

À medida que os desdobramentos da CPI prosseguem, o ex-ministro se torna uma figura central nessa narrativa, representando tanto os desafios enfrentados pelo governo em termos de administração pública quanto as preocupações da sociedade sobre a integridade das instituições que lidam com direitos sociais.

O cenário político brasileiro permanece instável, e a percepção pública sobre a atuação de figuras como Carlos Lupi e as decisões relacionadas ao INSS serão críticas nas próximas etapas dessa investigação.

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