No último final de semana, a jovem Maria Alice foi surpreendida por um episódio inusitado enquanto se divertia em um shopping de sua cidade. Ela, que é fã de cosplays, estava vestida como Freia, a personagem de “A Freira 2”, e aproveitava para tirar fotos com outros clientes quando foi abordada pela segurança do estabelecimento. Esse incidente levantou questões sobre a liberdade de expressão e a aceitação do cosplay em espaços públicos.
O amor pelo cosplay
Maria Alice é conhecida entre amigos e nas redes sociais por sua paixão por cosplays. Ela já se vestiu de diversos personagens, como Jigsaw da saga “Jogos Mortais”, Nojinho de “Divertida Mente” e a encantadora Coraline. Para ela, fazer cosplay é uma forma de expressão e de celebrar seu amor pelos filmes e personagens que adora.
A abordagem da segurança
O que deveria ser um dia divertido no shopping acabou se tornando uma experiência desconfortável. Enquanto Maria posava para fotos, a equipe de segurança do local a abordou, informando que não era permitido o uso de fantasias dentro do shopping, citando uma suposta medida de segurança. “Me senti muito constrangida. Era só uma roupa e eu estava me divertindo”, contou ao g1.
A reação do público
O incidente rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais, com vários usuários expressando apoio a Maria e criticando a abordagem da segurança. Muitos se solidarizaram com sua situação e compartilharam experiências semelhantes, onde também se sentiram inibidos de expressar sua criatividade e amor pela cultura pop em espaços públicos.
A eficiência das normas de segurança
Por outro lado, é importante ressaltar que as normas de segurança em shoppings e espaços públicos existem para garantir a segurança de todos os frequentadores. Entretanto, a margem de interpretação dessas regras pode ser complexa, principalmente quando envolve a liberdade criativa de indivíduos que apenas desejam se expressar através do cosplay.
O que diz a legislação?
De acordo com especialistas em direito, as normas internas de estabelecimentos comerciais devem respeitar os direitos fundamentais do consumidor, incluindo a liberdade de expressão. No entanto, cada shopping pode estabelecer suas próprias regras de conduta. Isso abre espaço para debates sobre a necessidade de uma padronização mais clara e acessível sobre o que é permitido ou não, principalmente em relação ao uso de fantasias.
A importância do diálogo
Incidentes como o de Maria Alice são um lembrete de que é vital fomentar o diálogo entre estabelecimentos comerciais e seus clientes. A promoção de eventos voltados para a cultura geek e para a prática de cosplays poderia oferecer uma solução que agrada tanto os fãs quanto as administrações dos shoppings, criando um ambiente mais inclusivo e acolhedor.
Conclusão
Maria Alice, por sua vez, não pretende deixar que essa experiência negativa a impeça de continuar fazendo o que ama. Ela planeja participar de outros eventos e encontros de cosplay, defendendo a ideia de que todos têm o direito de se expressar e se divertir. E, quem sabe, talvez essa situação ajude a criar um ambiente onde o cosplay possa ser celebrado em todos os lugares, sem medo de repressões.
Assim, o debate sobre a liberdade de expressão em ambientes públicos, como shoppings, e a aceitação dos cosplays continua a ser uma questão relevante na sociedade brasileira atual. A história de Maria Alice pode ser uma oportunidade para repensar as normas e a cultura de aceitação no Brasil.