Brasil, 8 de setembro de 2025
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Movimentos políticos marcam o feriado de 7 de setembro no Brasil

Feriado da Independência teve mobilizações políticas com atos de direita e esquerda em diversas cidades do país.

No feriado de 7 de setembro, que comemora a Independência do Brasil, mobilizações políticas tomaram conta das ruas em todo o país. Os atos, que reuniram manifestantes de diferentes espectros ideológicos, foram observados principalmente nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro. Segundo o Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common, o ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista superou em tamanho a manifestação da esquerda, com uma estimativa de 42,2 mil participantes.

A mobilização bolsonarista na Avenida Paulista

Em São Paulo, a mobilização em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se destacou por sua dimensão, dividindo o espaço com o ato promovido por grupos de esquerda que atraiu apenas 8,8 mil pessoas na Praça da República. O evento bolsonarista, que teve como foco a defesa de uma possível anistia aos condenados pelo 8 de janeiro, também se voltou contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que foi nomeado de “tirano” por vários oradores. Essa manifestação acontece em uma semana crítica para o ex-presidente, que enfrenta um julgamento por tentativa de golpe de Estado.

Os números das manifestações e suas implicações

No Rio de Janeiro, a manifestação pró-Bolsonaro também foi significativa, com a presença de aproximadamente 42,7 mil apoiadores em Copacabana. Os protestos em ambas as cidades não apenas expuseram a divisão política do país, mas também funcionaram como um termômetro da força e da mobilização da base bolsonarista na expectativa do desfecho judicial que se aproxima.

A comparação entre os números das manifestações é clara: enquanto os atos de direita dominaram em termos de participação, os movimentos vinculados à esquerda enfrentaram um claro contraste em sua capacidade de atração. Mesmo com a frase de ordem “Reaja Brasil”, que ressoou fortemente entre os manifestantes de direita, a adesão parece ter sido mais robusta e emocional, indicando uma mobilização eficaz e bem organizada.

Entre os discursos, destacou-se o de Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, que convidou a todos a se unirem na luta pela liberdade de Bolsonaro, alegando que não existiam provas concretas contra ele. O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do protesto e uma figura proeminente nas redes sociais, também atacou Moraes, reforçando a ideia de que o governo de Lula estaria perpetrando uma “tirania”.

O papel da ex-primeira-dama

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também esteve presente e não conseguiu conter as lágrimas durante seu discurso. Emocionada, ela expressou sua indignação com a situação atual do ex-presidente: “Ele está amordaçado dentro de casa”. Seu discurso comovedor ecoou a dor e a luta emocional de muitos que se identificam com a causa bolsonarista, refletindo a tensão que precede um julgamento que pode moldar o futuro político do ex-presidente.

Consequências políticas e o futuro do STF

À medida que se avança para o julgamento no STF, que começa nesta terça-feira (9 de setembro), os eventos do feriado se mostram como uma prévia da polarização que caracteriza o cenário político atual. A primeira sessão do julgamento deve apresentar os votos dos ministros, incluindo o de Moraes, que é o relator do caso e terá um papel central na definição das diretrizes para a votação.

O feriado de 7 de setembro de 2025, portanto, não foi apenas uma celebração do passado, mas um reflexo das tensões e disputas que marcam o presente e moldam o futuro do Brasil. Com a expectativa crescente por uma decisão do Supremo, as mobilizações políticas de ambos os lados revelam a profundidade da divisão no país e a importância dos próximos dias para a política nacional.

O impacto das manifestações e a decisão do STF poderão não apenas influenciar a vida do ex-presidente Bolsonaro, mas também repercutir profundamente nas interações políticas entre os diversos grupos sociais e políticos no Brasil.

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