Teresina, 5 de fevereiro de 2025
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Doença misteriosa na Índia provoca mortes e levanta alerta internacional

Autoridades na Índia investigam 17 mortes causadas por uma doença misteriosa em Jammu e Caxemira, enquanto Pune registra 73 casos da rara Síndrome de Guillain-Barré. Especialistas avaliam possíveis toxinas e alertam para os desafios globais da saúde pública. Saiba mais sobre as crises sanitárias e os esforços de contenção.
Mulher indiana. País vive onda de mortes misteriosas. Foto: CC

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Uma onda de mortes misteriosas na Índia levantou preocupações internacionais, com autoridades de Jammu e Caxemira investigando 17 fatalidades, incluindo 13 crianças, em uma remota vila na região de Rajouri. Desde o início de dezembro, essas mortes foram marcadas por danos no cérebro e no sistema nervoso, uma característica que tem desafiado especialistas e autoridades de saúde locais.

A vila de Badhaal, epicentro dos casos, foi declarada zona de contenção, com cerca de 230 pessoas colocadas em quarentena para evitar o possível alastramento do problema. Apesar das medidas de controle, a comunidade permanece em estado de alerta máximo, com o governo federal trabalhando para identificar a origem da doença.

Toxina é possível causa da onde de mortes misteriosas na Índia

De acordo com Amarjeet Singh Bhatia, chefe da faculdade de medicina do governo de Rajouri, as investigações iniciais sugerem que as mortes não foram causadas por infecções bacterianas ou virais, mas por uma toxina desconhecida. “Há uma longa série de toxinas sendo testadas”, disse Bhatia. “Se houve alguma atividade maliciosa ou desonesta, isso também está sendo investigado.”

As vítimas pertenciam a três famílias relacionadas, o que pode indicar uma origem comum para a exposição à toxina. Como medida preventiva, as férias de inverno na região foram canceladas para permitir maior vigilância médica e controle da situação.

Síndrome de Guillain-Barré em Pune

Enquanto a investigação em Badhaal continua, outra ameaça à saúde pública emergiu na cidade de Pune, no oeste da Índia. Autoridades relataram pelo menos 73 casos da Síndrome de Guillain-Barré (SGB), uma condição neurológica rara em que o sistema imunológico ataca os nervos periféricos. Dentre os casos registrados, 26 pacientes são mulheres, e 14 pessoas estão em suporte ventilatório devido à gravidade dos sintomas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a SGB pode causar fraqueza muscular, perda de sensibilidade nos membros e dificuldades para respirar ou engolir. Apesar de sua raridade, surtos localizados têm sido registrados em regiões com surtos anteriores de infecções virais, como Zika ou dengue. No entanto, as causas específicas dos casos em Pune ainda estão sendo investigadas.

O impacto na saúde global

Esses dois incidentes refletem desafios cada vez maiores para os sistemas de saúde, tanto local quanto globalmente, enquanto enfrentam novas ameaças à saúde pública em um mundo ainda se recuperando dos efeitos da pandemia de COVID-19. Casos como os de Badhaal e Pune ilustram como doenças emergentes ou surtos incomuns podem rapidamente se transformar em crises sanitárias de proporções maiores.

Especialistas em saúde pública destacam a importância da vigilância epidemiológica para evitar que surtos localizados se espalhem. A cooperação internacional, incluindo o suporte técnico e financeiro de organizações como a OMS, se movimenta para compreender as causas desses eventos e evitar que crises semelhantes surjam em outros lugares.

O papel da ciência e da colaboração global

Num mundo globalizado, eventos regionais como esses na Índia têm o potencial de impactar significativamente a saúde pública internacional. Pesquisadores, médicos e autoridades estão trabalhando com rapidez para identificar as causas dos dois incidentes, com a esperança de evitar novas mortes e complicações.

A comunidade científica também vê nesses casos uma oportunidade para reforçar a importância da prevenção, detecção precoce e cooperação internacional no enfrentamento de crises de saúde. “Estamos em uma corrida contra o tempo para identificar a origem dessas condições”, disse um pesquisador ligado à OMS. “Cada dia sem respostas é uma chance para que esses casos se ampliem.”

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