Parnaíba – Maria Jocilene da Silva, de 32 anos, uma das nove vítimas de envenenamento por ingestão de arroz contaminado com chumbinho, morreu no início da tarde desta sexta-feira (24) no Hospital Estadual Dirceu Arcoverde (HEDA), em Parnaíba, no Piauí. A direção do hospital confirmou o óbito, mas informou que a causa exata da morte será divulgada apenas após a conclusão do laudo do Instituto de Medicina Legal (IML).
Jocilene havia sido internada pela segunda vez no HEDA na última quarta-feira (22), após passar mal durante uma visita ao local onde o envenenamento ocorreu no dia 1º de janeiro. Na ocasião, ela foi socorrida e liberada no dia seguinte. No entanto, sua condição se agravou novamente nesta semana, culminando em seu falecimento.
Nota oficial do hospital
Em nota, o HEDA lamentou o ocorrido e informou que a equipe multidisciplinar seguiu todos os protocolos necessários para prestar o melhor atendimento à paciente. O hospital destacou que detalhes adicionais sobre o caso não serão divulgados, em conformidade com a legislação de privacidade.
Relembre o caso
O envenenamento aconteceu no dia 1º de janeiro de 2025, quando nove pessoas consumiram arroz contaminado com chumbinho, um veneno para ratos proibido no Brasil. Entre as vítimas, cinco pertencentes à mesma família morreram:
- Igno Davi da Silva, de 1 ano e 8 meses;
- Maria Lauane da Silva, de 3 anos;
- Maria Gabrielle Fontenele Lopes Silva, de 4 anos;
- Francisca Maria da Silva, mãe das crianças;
- Manoel Leandro da Silva, de 18 anos, irmão de Francisca Maria.
Outras quatro vítimas, incluindo o filho de Jocilene, de 11 anos, sobreviveram após receber atendimento médico.
Prisão do suspeito
Francisco de Assis Pereira da Costa, de 53 anos, foi preso no dia 8 de janeiro como principal suspeito do envenenamento. Ele é acusado de ter contaminado o alimento com o objetivo de atingir sua enteada, Francisca Maria da Silva, e os filhos dela. Francisco também é investigado por envolvimento na morte de outras duas crianças, João Miguel Silva e Ulisses Gabriel Silva, de 7 e 8 anos, que morreram no final de 2024.
As investigações estão sendo conduzidas pelo delegado Abimael Silva, da Delegacia de Combate ao Homicídio, Tráfico de Drogas e Latrocínio (DHTL) de Parnaíba.