Brasil, 6 de setembro de 2025
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Luiz Henrique brilha na vitória do Brasil e gera polêmica nas redes

A entrada de Luiz Henrique no jogo contra o Chile gerou elogios e críticas nas redes sociais, refletindo a nova dinâmica do jornalismo esportivo.

A recente vitória do Brasil sobre o Chile trouxe à tona não apenas a habilidade dos jogadores, mas também a reação da torcida e a crítica nas redes sociais. A entrada de Luiz Henrique, conhecido como LH, no segundo tempo foi um dos grandes destaques do jogo. Embora não tenha marcado gols como o titular Estevão, Luiz Henrique se destacou ao criar uma verdadeira “salseira” em apenas 25 minutos, o que lhe rendeu elogios de renomados profissionais, incluindo Carlo Ancelotti, técnico da seleção.

A reação do público nas redes sociais

No entanto, mesmo diante da torrente de elogios, Luiz Henrique não escapou das críticas. Alguns torcedores rapidamente se manifestaram nas redes sociais, questionando a forma como o jogador é tratado. Comentários como “Se jogasse na Inglaterra, não tratariam LH assim!” e “Ninguém valoriza o Pantera!” mostram que o espaço virtual também se transformou em um campo de batalha para discussões sobre o valorização dos atletas.

Essas reações podem ser vistas como uma reflexão da atual realidade do jornalismo esportivo, onde a figura do profissional da imprensa é frequentemente questionada. Na era das redes sociais, todos agora têm a oportunidade de expressar suas opiniões e, muitas vezes, isso ocorre de forma vehemente. A crítica se torna um exercício bastante comum, especialmente quando as emoções estão à flor da pele em momentos de vitória ou derrota.

O papel do jornalista na era digital

Este cenário levanta um questionamento importante sobre a função do jornalista: quem deu essa autoridade a nós, profissionais, para decidirmos o que realmente importa? Historicamente, a mensagem do jornalismo tem sido pautada por critérios de profissionalismo e expertise. Contudo, a proliferação de vozes nas plataformas digitais questiona esses parâmetros estabelecidos.

Com a desintermediação provocada pelas redes sociais, as pessoas famosas que antes precisavam dos jornalistas para se comunicar agora conseguem alcançar seu público diretamente. Isso gera uma competição acirrada e transforma o ambiente de produção de conteúdo em um verdadeiro campo de batalha. Todos têm acesso à palavra, mas nem sempre todos têm a mesma responsabilidade no que dizem.

O desafio da ética e da accountability

Assim, o grande desafio do jornalismo contemporâneo é manter a relevância frente a um mar de informações não verificadas e, muitas vezes, elaboradas com o único intuito de gerar atenção. Será que essas histórias que desafiam o status quo, que exigem um olhar mais crítico e que não agradam os poderosos, ainda têm espaço em um mundo que valoriza apenas o barulho?

A ironia do nosso tempo é que, em um cenário onde todos podem se tornar emissários de suas próprias narrativas, quem realmente vigia os “vigilantes”? Em um ambiente onde o murmúrio pode se tornar um grito ensurdecedor, perdemos a noção da verdadeira essência do jornalismo: a busca pela verdade e pela narrativa que transcende os meros números e visualizações.

A importância das novas gerações e o futuro do consumo de notícias

Recentemente, minha filha de 14 anos compartilhou sua indignação acerca da aposentadoria do apresentador William Bonner, uma figura central do jornalismo brasileiro. Fiquei surpreso ao saber que ela, que supostamente nunca demonstrei interesse por notícias, ficou emocionada ao ver a notícia no TikTok. Essa interação representa uma nova forma de consumo de informação, onde as histórias ainda têm poder de mobilização, mesmo que mediadas por plataformas que não priorizam a precisão.

Por fim, o que fica claro é que a comunicação não é mais um monopólio da imprensa. As novas gerações consomem e criam conteúdo de maneiras inéditas, e isso pode ser visto como um desafio e uma oportunidade para redefinirmos nosso papel. O futuro do jornalismo depende de nossa capacidade de adaptação e de nossos esforços em manter a ética e a qualidade da informação, mesmo em um mundo saturado de informações.

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