Brasil, 6 de setembro de 2025
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Lula deve adotar cautela ao discursar na reunião do Brics para evitar confrontar Trump

Discurso do presidente Lula na reunião virtual do Brics será elaborado para não antagonizar os Estados Unidos, enquanto debate a influência global

O discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na reunião virtual desta segunda-feira entre líderes do Brics está sendo cuidadosamente planejado para não provocar os Estados Unidos. Auxiliares do chefe do Executivo brasileiro afirmam que o objetivo é evitar menções diretas às ações do governo americano, especialmente o tarifaço promovido por Donald Trump na fase final do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Contexto delicado com os EUA e o Brics

Trump tem declarado que considera o bloco do Brics uma afronta às Nações Unidas e uma ameaça ao dólar, por discutir formas de diminuir a dependência da moeda americana no comércio entre os membros do grupo. Ao mesmo tempo, o presidente dos EUA afirmou que uma eventual negociação com o Brasil sobre a sobretaxa de 50% ao petróleo brasileiro estaria condicionada à solução do processo judicial de Bolsonaro, que tramita no STF.

Discurso moderado e temas internacionais

Com a reunião marcada para ocorrer de forma virtual, Lula deve abordar a deterioração do cenário global desde o encontro anterior, realizado em julho, no Rio de Janeiro. Assim, ele convocou uma nova cúpula para discutir o fortalecimento do multilateralismo e a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Foco em temas globais sem confrontos diretos

Embora não pretenda citar Trump, Lula vai defender a necessidade de evitar protecionismos e falar sobre a guerra na Ucrânia, a situação na Faixa de Gaza e a realização da COP30, que acontecerá em Belém, no Pará, em novembro. Os temas reforçam a posição do Brasil de buscar diálogo e cooperação internacional.

Posição do governo brasileiro perante a pressão dos EUA

De acordo com integrantes do governo Lula, a declaração do sub-secretário de Estado dos EUA, Christopher Landau, em reunião com empresários brasileiros na semana passada, reforça a avaliação de que as relações com Washington estão congeladas e sem espaço para negociações. Landau afirmou que a crise com o Brasil é vista como política por seu governo e citou o ministro do STF Alexandre de Moraes, considerado por Washington um “ditador” e sancionado pelos EUA devido ao seu papel no processo contra Bolsonaro.

A situação, segundo interlocutores do governo brasileiro, é de complete estagnação nas tratativas com os americanos, que preferem manter o conflito político como pano de fundo para qualquer diálogo. O episódio reforça a estratégia de Lula de evitar ações que possam ser interpretadas como afronta ao governo dos EUA na reunião do Brics.

Para mais detalhes, acesse a nota da Globo.

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