Durante uma transmissão online nesta quarta-feira, Tucker Carlson, ex-apresentador do Fox News, demonstrou interesse excessivo na vida privada de Pete Buttigieg, secretário de Transportes dos Estados Unidos, afirmando que faria perguntas “muito específicas” sobre sexo gay para desmascarar sua orientação sexual. A declaração gerou reações nas redes sociais e reacendeu debates sobre privacidade e política na era digital.
Acusações e teorias conspiratórias
Na discussão, Carlson acusou Buttigieg de ser um “gay falso”, sugerindo que o político estaria usando sua identidade para obter vantagens na corrida democrática. “Meu produtor gay sempre dizia que ele não é gay. Ele estava com uma mulher há 20 minutos, e quer ser o candidato democrata, então, ‘Vamos precisar de um gay de verdade!’”, afirmou Carlson, junto de seu convidado, Michael Knowles. Este, por sua vez, acrescentou que conhece uma pessoa que acredita que Buttigieg é “uma farsa gay”.
Os dois também criticaram a trajetória de Buttigieg, rotulando-o de “carreirista” e questionando a sua ascensão rápida na política, que inclui passagem do cargo de prefeito de South Bend, Indiana, para uma posição no governo Biden e até menções a uma possível candidatura presidencial em 2028.
Plano de Carlson para comprovar sua teoria
Carlson revelou um plano de fazer uma entrevista com Buttigieg, na qual pretende fazer perguntas “muito específicas” sobre a vida sexual do político. “Sempre quis entrevistá-lo, mas ele nunca aceitou. Vou fazer perguntas sobre sexo gay e quero ver se ele consegue responder. Duvido que ele saiba alguma coisa!”, declarou Carlson. A declaração gerou críticas e questionamentos sobre os limites da privacidade e o uso de perguntas pessoais para fins políticos.
Repercussão nas redes sociais
Especialistas em direitos civis e jornalistas condenaram as provocações de Carlson, destacando a importância de o debate político ocorrer de forma respeitosa e baseada em fatos, sem invasão de privacidade. “Fazer perguntas desse tipo difere de uma discussão legítima e se torna uma forma de ataque pessoal e discriminação”, afirmou Maria Costa, especialista em comunicação política.
O episódio reacende a discussão sobre como figuras públicas, especialmente de minorias, são alvo de ações que podem reforçar estereótipos e preconceitos na política americana.
Perspectivas futuras
Analistas políticos avaliam que as declarações de Carlson podem aumentar a polarização e reforçar a revanche contra figuras LGBTQ+ no cenário político. Enquanto isso, Buttigieg ainda não se posicionou publicamente sobre o episódio, mantendo foco em suas funções oficiais e na agenda de governo.
